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Renault e Nissan negociam reformulação de aliança automotiva

10 out 2022, 10:24 - atualizado em 10 out 2022, 10:24
Logotipos das fabricantes de automóveis Nissan e Renault
A Renault deve divulgar no início de novembro, em uma apresentação para investidores, uma atualização sobre sua nova unidade de veículos elétricos, que tem o codinome “Ampere” (Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko/File Photo)

A Renault e a Nissan anunciaram nesta segunda-feira negociações sobre o futuro de sua aliança automotiva, com planos para a montadora japonesa avaliar investimento em um novo empreendimento de veículos elétricos por seu parceiro francês.

As discussões, que podem levar a uma redefinição da aliança desde a prisão do executivo Carlos Ghosn em 2018, incluem a possibilidade da Renault vender parte de sua participação na Nissan, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

A Renault deve divulgar no início de novembro, em uma apresentação para investidores, uma atualização sobre sua nova unidade de veículos elétricos, que tem o codinome “Ampere”.

A Renault detém cerca de 43% da Nissan, que por sua vez detém uma participação de 15% na parceira francesa de longa data, na qual o Estado francês também detém uma fatia de 15%.

As montadoras disseram em um comunicado conjunto que estavam “engajadas em discussões confiáveis ​​sobre várias iniciativas”, incluindo um potencial investimento da Nissan no empreendimento de veículos elétricos e o que chamaram de “melhorias estruturais” na aliança.

O domínio francês da aliança tem sido um ponto de discórdia para a Nissan, que quer que a Renault reduza sua participação para 15% para igualar sua própria participação na Renault, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto.

A montadora japonesa pode considerar levantar fundos para recomprar as ações detidas pela Renault, disse uma fonte à Reuters.

As empresas não comentaram o assunto além do anúncio.

Seiji Sugiura, analista sênior do Tokai Tokyo Research Institute, disse que não espera que a Nissan tenha problemas para financiar uma recompra nessa escala. “Meu palpite é que os investidores japoneses prefeririam que a Nissan operasse mais como uma empresa separada, ou pelo menos com uma participação menor”, disse Sugiura. “Se eles vão fazer isso, agora pode ser um momento tão bom quanto qualquer outro.”

Qualquer venda de uma participação na Nissan para levar a participação da Renault para 15% – que a preços atuais de mercado podem chegar a 3,8 bilhões de dólares – não afetaria sua cooperação contínua, disse a fonte.

A Nissan pode precisar levantar fundos para recomprar as ações da Renault, acrescentou a fonte.

A fonte disse que a Mitsubishi, outra parceira da aliança, percentual na unidade de veículos elétricos da Renault.

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