Renato Villar: “Tecnologia é a palavra chave para a operação do Voltz no Brasil”
Líder no segmento de motos elétricas no Brasil, a Voltz vem se preparando para ampliar ainda mais suas operações. Para os próximos meses, a companhia espera acelerar vendas, investir em novas tecnologias e regularizar entregas em todo o Brasil. Comandada por Renato Villar (CEO), a empresa lançou a primeira fábrica da Zona Franca que produz veículos elétricos de duas rodas. Com isso, ganhou corpo para colocar mais scooters e motos nas ruas e zerar a fila de espera para novos clientes.
Parceira de grandes empresas, como o Ifood, a Voltz quer ser a marca queridinha dos entregadores – além do público que já utiliza os veículos da companhia como opções de mobilidade em centros urbanos. Para isso, a Voltz planeja lançar novos modelos com recursos tecnológicos que vão oferecer mais segurança para os motoristas.
Na entrevista abaixo, Villar responde perguntas sobre a operação desta marca disruptiva no Brasil:
1 – Quais são os novos modelos que a Voltz pretende lançar em 2023, e quais tecnologias eles terão?
Estamos desenvolvendo novos cinco modelos de motos para o próximo ano, como veículos das categorias racing, big scooter e trail. Sobre as tecnologias que serão implantadas, estamos investindo pesado no ADAS (Advanced driver-assistance system). Já estamos testando (com sucesso) uma série de sensores e câmeras nas motos que chegam para oferecer mais segurança. São recursos que podem mapear todo o entorno do veículo e identificar, por exemplo, quando o motorista se posicionou num ponto cego.
2 – O projeto de estações para trocas de bateria já apresenta bons resultados?
Sim, o projeto é um sucesso e está sendo realizado em parceria com Ifood e Grupo Ultra, dono da rede de postos Ipiranga. Mais de 25 mil baterias já foram trocadas nas mais de 60 “Estações Voltz” localizadas na cidade de São Paulo. O projeto já impediu que três toneladas de carvão fossem queimadas na atmosfera.
As estações Voltz fazem parte de um projeto. A partir de 2023, o programa estará disponível para clientes Voltz por meio de um plano de assinatura. Os motoristas também poderão comprar motos da marca sem baterias, o que reduz o custo do produto em até 40%. O total de 25 mil trocas de baterias, em quilômetros (KM), daria 12 voltas no mundo.
3 – Como a Voltz projeta o crescimento da equipe de colaboradores?
Hoje temos 135 vagas de trabalho abertas. Grande parte delas, para a área de tecnologia e atuação na fábrica de Manaus. As contratações são necessárias devido ao crescimento das operações da Voltz – principalmente pelo lançamento da produção na Zona Franca. Nos últimos três meses, contratamos 83 ninjas (como são conhecidos os colaboradores da empresa).
Com isso, o quadro de funcionários saltou para 381. A expectativa é alcançar 516 colaboradores quando as novas vagas forem preenchidas. Estamos impulsionando o time para atender melhor nossos clientes e nos preparar para o futuro.
4 – Quantas motos a Voltz já entregou para os clientes neste ano?
Desde a abertura da nossa fábrica, no mês de junho, já foram fabricadas 1.600 motocicletas. No ano, já entregamos quase quatro mil motos (3.918) para nossos clientes. Até o final do ano, nossa meta é acelerar os trabalhos e produzir mais de 10 mil motos. Com isso, queremos diminuir a fila de espera por nossos produtos.
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