Política

Renan defende convocação de Braga Netto à CPI para explicar nota contra Aziz

13 jul 2021, 13:02 - atualizado em 13 jul 2021, 13:02
Renan Calheiros
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), defendeu nesta terça-feira a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para que ele explique nota assinada por ele e pelos três comandantes das Forças Armadas em que rebateu as declarações do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

Renan classificou de “apressada, açodada e irresponsável” a nota de repúdio ao presidente da CPI divulgada por Braga Netto.

A sugestão do relator vem depois de a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovar, também nesta terça, convite para que o ministro da Defesa compareça a esse colegiado para explicar a nota.

“Que nós apreciemos o mais rapidamente possível o requerimento de convocação do Braga Netto pelo seu envolvimento no enfrentamento à pandemia e pelas ordens que, em nome do governo, emanou do Palácio do Planalto ao Ministério da Saúde onde essas coisas verdadeiramente todas aconteceram”, disse Renan.

Antes de assumir o Ministério da Defesa, Braga Netto, que é general do Exército na reserva, atuou como ministro-chefe da Casa Civil do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Em 7 de julho, Braga Netto e os comandantes das Forças Armadas repudiaram em nota declarações do presidente da CPI por considerarem que desrespeitam os militares e generalizam “esquemas de corrupção”.

Durante o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, acusado de participação em suposto esquema de propina na compra de vacinas contra a Covid-19 que teria o envolvimento de integrantes das Forças Armadas que atuavam em postos civis no Ministério da Saúde, o presidente da CPI disse que o “lado podre das Forças Armadas” estaria envolvido em falcatrua dentro do governo”.

“Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável”, disse a nota.

“As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”, acrescentou o documento naquela ocasião.

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