Inflação

Remédios ficam mais caros; entenda o que muda a partir de hoje (31) com nova resolução sobre preços de medicamentos

31 mar 2025, 10:56 - atualizado em 31 mar 2025, 10:56
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Os preços dos medicamentos foram reajustados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) nesta segunda-feira (31). (Imagem: Pillar Pedreira/Agência Senado)

Os preços dos medicamentos foram reajustados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) nesta segunda-feira (31), conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O aumento de preço vai incidir sobre os valores praticados pelas farmacêuticas, que têm um teto permitido pela Cmed para a comercialização dos produtos. A nova resolução permite que os fornecedores de medicamentos ajustem seus preços em até 5%.

De acordo com a Agência Brasil, o aumento ainda não é automático e deve ocorrer na medida em que os estoques das farmácias forem repostos. A elevação de preços se divide em três níveis, conforme o grau de concorrência de mercado:

  • Nível 1: 5,06% para medicamentos em mercados mais competitivos, que representam cerca de 7,8% dos remédios em circulação;
  • Nível 2: 3,83%, para medicamentos em mercados moderadamente concentrados, que corresponde a 15% dos remédios em circulação;
  • Nível 3: 2,6% para medicamentos em mercados muito concentrados, que totalizam 77,2% dos remédios em circulação.

A Cmed define o reajuste com base na inflação dos últimos 12 meses (IPCA) e fatores como a produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação, relacionados ao câmbio e a concorrência de mercado.

Alta anual é a menor desde 2018 para a maioria dos medicamentos

O aumento nos preços de medicamentos ocorre sempre em 31 de março de cada ano. A prática é regulamentada pela Lei 10.742/2003, que estabelece as diretrizes para a regulação de preços.

Os percentuais de aumento para os remédios de nível 2 e 3 são os mais baixos desde 2018. Em relação aos medicamentos de nível 1, o aumento de 5,06% é superior ao reajuste de 4,5% de 2024, mas inferior à alta de 5,6% em 2023.

Segundo o g1, o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, teme que o reajuste abaixo dos últimos anos possa impactar negativamente nos investimentos realizados pela indústria farmacêutica.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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