Relatório Focus, GPA (PCAR3) e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (5)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (5) de lado, recuando 0,06%, a 128.261 pontos, por volta das 10h04. Na véspera, o índice caiu 0,65%, a 128.340,54 pontos, sob o peso das blue chips.
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O dólar tinha leve alta em relação ao real nos primeiros negócios desta terça, em meio a clima de decepção nos mercados com a falta de estímulos da China, enquanto segue a expectativa por dados norte-americanos e falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell.
Day Trade:
- Braskem (BRKM5), Suzano (SUZB3) e outras ações para comprar nesta terça (5) e buscar até 3,83%
- Petrobras (PETR4), CSN (CSNA3) e outras ações para vender nesta terça (5) e buscar até 3,50%
Radar do Mercado:
5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta terça (5)
GPA (PCAR3) aprova oferta de ações que podem somar R$ 1 bilhão
O Grupo Pão de Açúcar (GPA – PCAR3) aprovou uma oferta de ações que pode somar R$ 1 bilhão, segundo o comunicado ao mercado desta segunda-feira (4).
Inicialmente, serão 140 milhões de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal a serem emitidas pela companhia, com esforços de colocação no exterior, ao preço de R$ 3,60.
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova recompra de até R$1 bi em ações
A Telefônica Brasil (VIVT3) aprovou programa de recompra de ações até 4 de março de 2025, mostra comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (5).
A companhia aponta que o máximo previsto na recompra é de 40.827,672 papéis, com valor máximo de R$ 1 bilhão.
Economistas reduzem projeções de inflação
Os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a reduzir as projeções de inflação para este ano. Segundo o Relatório Focus, as projeções da inflação para 2024 passaram de 3,81% para 3,76%.
Já para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneceram em 3,51%. Os demais anos permanecem as mesmas projeções de 3,50%.
Vale lembrar que a previsão de inflação dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2024 e 2025 são de 3% conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A Guide Investimentos pontua que a cautela nos mercados internacionais influencia o ambiente local.
“Os investidores tendem a manter uma postura mais reservada, aguardando definições mais claras no cenário externo, especialmente em relação à política de juros nos Estados Unidos”, pontua o analista Mateus Haag.
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Mercados aguardam dados dos Estados Unidos
Na quarta e quinta-feira desta semana, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fala no Congresso americano sobre a decisão de manter os juros elevados por mais tempo.
Já na sexta, saem os dados de emprego do payroll — depois de uma bateria de dados do mercado de trabalho nos EUA. O indicador é um dos que o Fed fica de olho na hora de determinar sua política monetária. Vale lembrar que na semana passada o índice de inflação PCE veio dentro do esperado, trazendo esperanças de um corte de juros a partir de maio.
O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca que ontem, Raphael Bostic, presidente do Federal Reserve de Atlanta, manifestou a expectativa de que haverá uma interrupção no ciclo de ajuste das taxas de juros após a implementação do primeiro corte, previsto por ele para o terceiro trimestre deste ano.
“Diante dessa perspectiva, parece que o mercado permanecerá em uma fase de incerteza por mais algum tempo”, avalia.
Olhos e ouvidos do mercado estão voltados para China
Enquanto os grandes eventos do mercado norte-americano não acontecem, os investidores ficam de olho na China.
O Congresso Nacional do Povo começou hoje e a expectativa é de que o governo da segunda maior economia do mundo anuncie estímulos para retomada da economia, além de aquecimento do mercado imobiliário, mercado de ações e taxa de desemprego entre os jovens.
Ontem, o primeiro-ministro do país, Li Qiang, anunciou meta de crescimento econômico de cerca de 5% para 2024 — mesma do ano passado.
A manutenção da meta é um sinal de otimismo do governo de melhora do cenário econômico local. No entanto, vale lembrar que no ano passado, apesar das expectativas de recuperação pós-pandemia, o governo precisou lançar medidas para garantir que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês fechasse o ano em 5,2%.
Spiess destaca que mais detalhes sobre a situação econômica chinesa devem ser revelados nos dias seguintes, podendo impactar significativamente os mercados.
“Para agravar o cenário, os dados mais recentes sobre a atividade econômica chinesa decepcionaram. Ademais, influenciadas por esses fatores, as commodities também enfrentam desafios neste início de dia”, pondera.