Relatório da Netflix mostra ganhos para mulheres e minorias
A Netflix conseguiu avanços ao incluir mais mulheres e minorias à força de trabalho nos últimos três anos, ultrapassando pares do Vale do Silício, de acordo com o primeiro relatório da empresa de entretenimento sobre diversidade e inclusão.
As mulheres representavam 47% da força de trabalho em 2020, em relação a 40% em 2017, e a empresa disse que registrou ganhos de proporção semelhante ao adicionar funcionárias a cargos técnicos e de liderança. As mulheres ainda representam menos de 35% dos empregos técnicos, no entanto.
A Netflix também disse que 8% de seus funcionários no final de 2020 eram negros, mais do que o dobro da participação no final de 2017. A proporção de funcionários hispânicos subiu de 6% para 8,1%, disse a empresa, que monitora dados de raça e etnia apenas nos EUA. Os dados de gênero, em contraste, são globais.
Grandes corporações têm priorizado a diversidade nos últimos anos – especialmente nos setores de entretenimento e tecnologia – tanto em resposta à pressão social quanto para melhorar seu desempenho empresarial. A Netflix produz programas para pessoas em 190 países e tem promovido seu conteúdo como meio de aproximar culturas. Mas, para contar histórias sob todas as perspectivas, são necessários funcionários com experiências diversas.
No geral, o número de funcionários da Netflix aumentou nos últimos anos, impulsionado pelo crescimento de assinantes globais e pela demanda insaciável por conteúdo de streaming. A empresa, que é administrada a partir de escritórios no Vale do Silício e Los Angeles, tinha mais de 8 mil funcionários de streaming em tempo integral em 2020, contra menos de 3,4 mil em 2017.
“A empresa assumiu o compromisso de que todos seriam responsáveis pela inclusão”, disse Verna Myers, que entrou na Netflix em 2018 como responsável por diversidade e inclusão. “Não é perfeito, mas é muito melhor do que a maioria das empresas de tecnologia.”