Reino Unido tem máxima recorde de mortes diárias por Covid-19; hospitais no limite
O Reino Unido registrou o maior número de mortes diárias nesta sexta-feira desde o início da pandemia da Covid-19, ao passo que Londres declarou incidente grave, alertando que seus hospitais correm o risco de ficarem lotados.
Com o surgimento de uma nova variante altamente transmissível do vírus no Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, fechou a economia e está distribuindo vacinas de forma mais rápida que os países europeus vizinhos, em uma tentativa de conter a pandemia.
Em termos oficiais, o Reino Unido tem o quinto maior número de mortes do mundo pela Covid-19, em quase 80 mil, e 1.325 mortes registradas dentro de 28 dias após um teste positivo, ultrapassando o recorde diário de abril do ano passado.
“Nossos hospitais estão sob mais pressão do que em qualquer outro momento desde o início da pandemia, e as taxas de infecção em todo o país continuam a subir a um nível alarmante”, disse Johnson em um comunicado.
“O NHS (Serviço Nacional de Saúde, em português) está sob forte pressão e devemos tomar medidas para protegê-lo, para que nossos médicos e enfermeiras possam continuar a salvar vidas e para que possam vacinar o maior número possível de pessoas o mais rápido possível.”
Outros 68.053 casos da Covid-19 foram registrados nesta sexta-feira, também uma nova máxima diária, o que significa que quase 3 milhões de pessoas já testaram positivo para a doença no Reino Unido, que tem uma população total de cerca de 67 milhões.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, do Partido Trabalhista de oposição, afirmou que os leitos hospitalares na capital acabariam nas próximas semanas porque a propagação do vírus está “fora de controle”.
“Estamos declarando um incidente grave porque a ameaça que esse vírus representa para nossa cidade está em um ponto crítico”, disse Khan.
A designação de “incidente grave” é normalmente exclusiva para ataques ou acidentes graves, como aqueles que possam envolver “prejuízos graves, danos, perturbações ou riscos para a vida humana ou bem-estar, serviços essenciais, ambiente ou segurança nacional”.