Reino Unido diz que pessoas com menos de 40 devem ter vacina alternativa à da AstraZeneca
Autoridades britânicas disseram nesta sexta-feira que pessoas com menos de 40 anos devem receber uma vacina contra Covid-19 alternativa à da AstraZeneca com a Universidade de Oxford quando possível, devido a um pequeno risco de formação de coágulos sanguíneos.
Os relatos de coágulos sanguíneos raros com baixos níveis de plaquetas em pessoas que tomaram a vacina da AstraZeneca aconteceram mais comumente em adultos jovens.
Alguns países recomendaram que a vacina seja aplicada somente em pessoas mais velhas.
O Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) do Reino Unido disse que a recomendação reflete os baixos níveis de infecção pela Covid-19 no país e a disponibilidade de outras vacinas, como as da Pfizer e da Moderna.
Autoridades disseram que o Reino Unido vai oferecer uma primeira dose de vacina contra a Covid-19 para todos os adultos do país até o final de julho.
“Como as taxas da Covid-19 continuam a estar sob controle, estamos recomendando que adultos de entre 18 e 39 anos sem condições de saúde subjacentes recebam a oferta de uma vacina alternativa à AstraZeneca/Oxford, se disponível e se não causar atrasos na aplicação da vacina”, disse o chefe para Covid-19 do JCVI, Wei Shen Lim.
“A recomendação é específica para as circunstâncias no Reino Unido neste momento e maximiza o uso de um amplo leque de vacinas disponíveis.”
Anteriormente, a recomendação era que apenas pessoas com menos de 30 anos recebessem uma vacina alternativa.
O regulador britânico de medicamentos MHRA apontou uma incidência de 17,4 casos de formação de coágulos para cada milhão de doses aplicadas em pessoas de entre 30 e 39 anos, comparado com uma incidência de 10,5 por milhão na população em geral.
Na população em geral, foram registradas 2,1 mortes causadas pelos coágulos por milhão de doses aplicadas, número que sobe para 4,5 mortes por milhão nas pessoas de entre 30 e 39 anos.
A presidente-executiva da MHRA, June Raine, disse que os benefícios da vacina da AstraZeneca “continuam a compensar os riscos para a vasta maioria das pessoas”.
“O balanço de riscos e benefícios é muito favorável para pessoas mais velhas, mas é mais equilibrado para os mais jovens”, disse.