Reguladora europeia pede pela proibição de mineração cripto “proof-of-work”
O vice-presidente de uma reguladora europeia pediu pela proibição da mineração “proof-of-work” (PoW), manifestando preocupações quanto ao gasto energético desse mecanismo de consenso.
Erik Thedéen, vice-presidente da Autoridade Europeia de Mercados e Valores Mobiliários (ESMA, na sigla em inglês), disse que reguladoras na Europa deveriam considerar a proibição da mineração proof-of-work em favor da mineração “proof-of-stake” (PoS), segundo um informe do Financial Times.
PoW e PoS são dois modos pelos quais mineradores de criptomoedas atingem consenso – usados para verificar transações e criar novos tokens. Proof-of-stake, o mais novo dos dois modelos, depende de um menor grupo de validadores dentro do processamento de transações.
Thedéen, que foi nomeado vice-presidente em dezembro de 2021, chamou a mineração de bitcoin (BTC) de “um problema nacional” em seu país nativo, a Suécia.
“A solução é banir proof-of-work”, disse ele ao Financial Times. “Proof-of-stake tem um perfil energético significativamente mais baixo”.
Thedéen também é diretor geral da Autoridade de Serviços Financeiros da Suécia e presidente de finanças sustentáveis na Organização Internacional de Comissões de Valores Mobiliários, um órgão global de reguladoras de valores mobiliários e futuros.
Os comentários do vice-presidente dão continuidade a apontamentos semelhantes feitos pela reguladora sueca em novembro do ano passado.
Mineradores cripto estão sob grande pressão quanto ao consumo de energia. Recentemente, Kosovo proibiu a mineração cripto em meio a blecautes de energia, devido à crise energética local.
O preço das ações de algumas das maiores mineradoras cripto no mundo de capital aberto caiu pela metade desde novembro.