Regulador do G20 afirma que regras ‘robustas’ para criptomoedas virão em outubro

O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) pediu novas regras globais para criptomoedas, nesta segunda-feira (11), e enviará, em outubro, um relatório aos Ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais dos países do G20 sobre abordagens regulatórias e de supervisão para stablecoins e outros criptoativos.

O conjunto de reguladores, oficiais de governos e bancos centrais apontaram a recente turbulência no mercado de criptomoedas como evidência do risco para estabilidade financeira, destacando que o fracasso de um agente do mercado pode rapidamente transmitir riscos a outras partes do ecossistema, além de ter efeitos secundários nas finanças tradicionais.

A declaração do FSB fez referência específica às “chamadas” stablecoins, que estão na mira de diversas autoridades financeiras desde antes do colapso da rede Terra (LUNA), em maio.

O Conselho de Estabilidade Financeira é um órgão internacional com sede na Suíça, que coordena e promove a estabilidade financeira internacional.

Os membros do FSB incluem autoridades nacionais e bancos centrais de 24 jurisdições, incluindo os Estados Unidos, Rússia e China, e conduz um trabalho de proximidade com outros 70 países.

Embora esteja enfatizando os atuais problemas do mercado como uma razão para agir, o órgão regulador do G20 está de olho na indústria de criptomoedas há algum tempo.

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Regulador está há tempos de olho nas criptomoedas

Em fevereiro, FSB publicou um informe endereçando os riscos dos criptoativos, alertando que esses poderiam comprometer a estabilidade financeira global, devido à escala desses ativos, às vulnerabilidades estruturais e ao aumento da interconectividade com o sistema financeiro tradicional.

A declaração do órgãor regulador do G20 está alinhada a diversos comentários recentes dos oficiais sêniores de finanças e comitês.

No dia 5 de julho, o Comitê de Políticas Financeiras do Banco da Inglaterra alertou que criptomoedas podem um dia comprometer o sistema financeiro mais amplo e pediu por uma “melhor regulação”.

Na última sexta-feira (8), o mesmo pedido foi ecoado pela vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Lael Brainard, que disse que o setor precisa de “fortes grades de proteção”.

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