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Regulador de mercado da China diz que implementará acordo de auditoria com EUA

02 set 2022, 12:16 - atualizado em 02 set 2022, 12:17
EUA China
De acordo com a lei dos EUA, as empresas chinesas que não estiverem em conformidade com as regras de auditoria norte-americanas serão proibidas de negociar nas bolsas do país até 2024 (Imagem: REUTERS/Aly Song)

A China implementará o acordo de auditoria fechado com os Estados Unidos e fortalecerá a comunicação com investidores estrangeiros, disse um alto funcionário chinês do regulador de valores mobiliários nesta sexta-feira.

Fang Xinghai, vice-presidente da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), também afirmou em um fórum que a China expandirá o acesso mútuo entre o continente e Hong Kong e apoiará o papel da cidade como um local de listagem global de ações.

O acordo entre a China e os EUA, anunciado na sexta-feira da semana passada, permitirá que os reguladores norte-americanos examinem as empresas de auditoria na China continental e em Hong Kong, potencialmente encerrando uma longa disputa que ameaçava banir mais de 200 companhias chinesas das bolsas dos EUA.

Anteriormente, a China estava relutante em conceder esse acesso, citando preocupações de segurança nacional.

“Iremos implementar bem o acordo cooperativo sino-americano sobre supervisão de auditoria transfronteiriça e continuaremos a fortalecer a comunicação com investidores institucionais estrangeiros”, disse Fang.

De acordo com a lei dos EUA, as empresas chinesas que não estiverem em conformidade com as regras de auditoria norte-americanas serão proibidas de negociar nas bolsas do país até 2024.

Alibaba e JD.com estavam entre as empresas chinesas selecionadas pelos reguladores dos EUA para inspeção de auditoria a partir deste mês no âmbito do acordo, disseram fontes à Reuters.

Enquanto isso, especialistas jurídicos e estudiosos da China alertam que os dois lados ainda podem entrar em discordância sobre a interpretação do acordo e sua implementação.

“Meu instinto é que agora que a China indicou que quer evitar uma deslistagem em massa, as coisas vão dar certo no final”, disse Drew Bernstein, co-presidente da Marcum Asia CPAs LLP, acrescentando que espera “alguns solavancos” no caminho.

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