Reformas microeconômicas estarão entre prioridades de 2024, diz Padilha
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira que a regulamentação da reforma tributária e a realização de reformas microeconômicas estarão entre as prioridades legislativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2024.
Em entrevista à GloboNews, Padilha ainda afirmou que o tema da transição ecológica e a implementação de políticas sociais aprovadas neste ano também estarão entre as prioridades do governo, que serão debatidas com os ministérios no mês de janeiro e oficializadas no início de fevereiro.
“Nós temos uma prioridade absoluta que é a regulamentação da reforma tributária. Vamos continuar trabalhando para reformas microeconômicas no país que barateiem e ampliem a oferta de crédito”, disse o ministro.
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“Tem (também) toda a pauta da chamada transição ecológica. Esse é um tema prioritário”, acrescentou.
Ao avaliar o desempenho do governo neste ano, Padilha exaltou a retomada da relação do Executivo com o Congresso, criticando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro por promover uma associação “tóxica” com os parlamentares e apenas delegar responsabilidades suas ao Legislativo.
Ele também indicou que as mudanças ministeriais realizadas ao longo deste ano tiveram um efeito positivo no avanço da agenda do governo, pois trouxeram o apoio de partidos que inicialmente não tinham interesse em compor a base governista.
“Mudar ministro ao longo do ano foi positivo… isso deu mais coesão, permitiu que a gente pudesse avançar ainda mais na agenda”, disse.
O ministro, no entanto, negou que o governo esteja considerando realizar uma nova reforma ministerial no próximo ano, apenas sinalizando que Lula está no momento fazendo a avaliação do trabalho de cada ministro e das trocas que já promoveu.
Neste ano, o governo fez uma série de mudanças na Esplanada em busca de ampliar sua base de apoio no Congresso. Mudanças no Ministério do Esporte e no Ministério de Portos e Aeroportos, por exemplo, foram responsáveis por trazer para dentro do Executivo partidos como o PP e o Republicanos, antigos aliados do governo Bolsonaro.
Padilha ainda disse que não há data definida para o anúncio do sucessor de Flávio Dino, aprovado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo o ministro, Lula tomará a decisão sobre o substituto no “tempo dele”.