Economia

Reformas estruturais são primeiro componente para 2020 forte, diz Waldery

04 mar 2020, 18:42 - atualizado em 04 mar 2020, 18:42
Segundo Waldery, o governo irá especificar o quanto da revisão é decorrente do coronavírus, Ele afirmou que o Brasil não é imune ao impacto econômico (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que o primeiro componente para que a economia brasileira tenha um 2020 forte é a manutenção de reformas estruturais da economia.

Em entrevista a jornalistas, Waldery disse que “elementos exógenos” como o coronavirus causam preocupação, e confirmou que a nova grade de parâmetros do Ministério da Economia preverá uma redução da projeção para o PIB para este ano –atualmente em 2,4%– para patamar “pouco acima de 2% ainda”.

Os novos números serão divulgados na próxima quarta-feira, conforme anunciado pelo secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, à Reuters nesta manhã.

Segundo Waldery, o governo irá especificar o quanto da revisão é decorrente do coronavírus. Ele afirmou que o Brasil não é imune ao impacto econômico da disseminação do Covid-19 pelo mundo.

Waldery disse ainda que, neste cenário, os cálculos do governo levarão em conta novas projeções para os preços de commodities, como o petróleo.

O governo também se debruça sobre o impacto em bens intermediários para a importação, além da própria mudança no perfil de demanda.

Por outro lado, Waldery pontuou que a atividade este ano deve se beneficiar de medidas mirando a maior presença do crédito livre na economia, como o saque aniversário do FGTS, que abrirá o caminho para um segmento de recebíveis “extremamente importante”, de 100 bilhões de reais em um ou dois anos.

Medidas tomadas pelo Banco Central ligadas a consignado também “vão implicar em efeito positivo sobre crédito”, afirmou ele, sem especificá-las.

No rol de iniciativas que podem alavancar o crédito, o secretário também citou medidas ligadas a mercado de capitais que “resolvem ou implementam novos tipos financeiros” e as novidades trazidas pela Medida Provisória do Agro, com potencial impacto para o PIB do setor.