Reforma tributária: Quais são efeitos na economia? PIB pode subir até 2,39%, diz Ipea
A reforma tributária, aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados, deve elevar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2,39% até 2032, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A análise mostrou que, durante o período de transição, as simulações em todos os cenários geram crescimento econômico e evidenciam o crescimento do PIB, se comparados ao cenário sem nenhuma reforma.
“As propostas de reforma promovem mudança estrutural em favor de setores com cadeia produtiva mais longa, com maior efeito multiplicador e, consequentemente, com maior produtividade”, disse João Maria de Oliveira, pesquisador do Ipea responsável pelo estudo.
A Proposta de Emenda Constitucional da reforma tributária (PEC 45/2019) aprovada deve ter impacto com crescimento econômico sustentável. Segundo a pesquisa, a proposta tende a minimizar perdas e aponta na direção de uma reforma possível.
A partir da implantação da reforma, há condições de crescimento, inclusive, que podem levar a economia brasileira a um patamar mais elevado, aponta o Ipea.
Uma pesquisa da Genial/Quaest mostra que gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão no mercado (71%) acreditam que a reforma tributaria terá impacto positivo nos resultados do setor industrial. Já em serviços e comércio, o efeito deve ser negativo (55%) para a maioria.
A reforma tributária e a geração de empregos
O estudo do Ipea também evidencia que a reforma tributária pode ter um impacto positivo para o saldo do emprego. Deve haver aumento de emprego mais qualificado e de maior rendimento.
Com a mudança nos tributos, há ganhos reais na produtividade do trabalho, o que mostra que a reforma tributária deve trazer ganhos de alocação produtiva, pois estimula o aumento da oferta de emprego.
A pesquisa da Genial/Quaest aponta que, para a maioria dos tomadores de decisão do mercado, a reforma tributaria deve contribuir com a geração de empregos (52%).