Economia

Reforma tributária é necessária para 8 em cada 10 brasileiros, aponta CNDL e SPC Brasil

12 jul 2019, 16:13 - atualizado em 12 jul 2019, 19:38
Dinheiro
Para 30%, a reforma tributária tornaria o pagamento de impostos mais justo, enquanto 28% veem a redução da igualdade social e 26% a geração de empregos

Quase 80% dos brasileiros acredita ser necessária a revisão das taxações, de acordo com o levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Para 30%, isso tornaria o pagamento de impostos mais justo, enquanto 28% veem a redução da igualdade social e 26% a geração de empregos.

Para uma pequena parcela (5%), a reforma tributária não é necessária.

“Algo precisa ser feito a fim de tornar a arrecadação de impostos mais justa e, principalmente, eficiente no Brasil, reduzindo a burocratização e favorecendo tanto a União quanto o empresariado e o cidadão comum”, defende Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.

As mudanças mais necessárias, na visão dos brasileiros, é a ampliação da isenção do imposto de renda para quem ganha menos (44%) e a simplificação do sistema tributário e o impedimento da múltipla taxação de bens e serviços (41%).

Sobre a reforma tributária, 33% acreditam que a medida será aprovada neste ano, enquanto 34% apostam no contrário. Outros 33% não souberam responder.

Reforma da Previdência

Pouco mais de 70% da população brasileira considera necessária a reforma da Previdência.

Apesar de ter a aprovação da maioria, apenas 26% concordam com a maneira com que as mudanças foram propostas no Congresso contra os 46% que afirmaram não apoiar a forma como foram apresentadas. 18% não concordam com a reforma e 10% não souberam opinar.

Para 44%, a reforma da Previdência será aprovada neste ano. 28%, por outro lado, acreditam que o texto não será aprovado tão cedo.

Motivos para as mudanças

Dentre os que apoiam a aprovação da reforma, 50% apontaram como principal motivo a eliminação das disparidades entre funcionários públicos e privados, o que tornará o sistema mais justo e igualitário. 33% esperam que o país consiga reequilibrar as contas públicas e aumentar a confiança de investidores. Um quarto (25%) avalia que a reforma irá ajudar o governo a arrecadar mais dinheiro para investir em áreas de melhorias à população.

49% defendem o aumento da contribuição ao INSS para pessoas com salários maiores, uma das propostas de destaque da reforma. Para 40%, é correto equiparar trabalhadores do setor público e do privado.

A parcela da população que está de acordo com a idade mínima de aposentadoria proposta pelo governo – 65 anos para homens e 62 para mulheres – é de apenas 28%. Para os entrevistados, o brasileiro deveria se aposentar aos 59 anos.

Aspectos negativos

O aumento no tempo de trabalho foi um dos pontos mais rejeitados pelos entrevistados, com 40% das respostas.

A mudança de regras para quem já estava para se aposentar nos próximos anos, com 30%, as chances do dinheiro arrecadado ser alvo de corrupção, também com 30%, e a possibilidade de desvinculação dos benefícios com o salário mínimo, com 27%, foram outros aspectos destacados pelos brasileiros.

Metodologia

Foram ouvidos 800 consumidores com 18 anos ou mais de 27 capitais diferentes. A margem de erro é de até 3,5 pontos percentuais.

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