Reforma deve desidratar ainda mais para ser aprovada, avalia Pulso Público
A consultoria política Pulso Público não vê como impossível a aprovação da reforma da Previdência até a eleição em 2018, mas julga que texto atual poderá sofrer ainda “ajustes severos”, segundo relatório enviado a clientes nesta semana.
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Alterações no projeto e mais concessões de cargos e recursos de governo integram o custo político da “fragilização da liderança do Planalto junto à Coalizão de Governo”.
Até o início do calendário eleitoral, “a agenda legislativa deverá ter o predomínio de temas que distribuam benefícios a grupos de interesse específicos e eleitoreiros, em detrimento de uma agenda que crie conflitos entre grandes grupos sociais e dependa de quórum elevado, como a reforma da previdência em seu formato atual”, avalia a Pulso.
Em meio à dificuldade de obter os 308 votos necessários para aprovar a mudança nas regras de aposentadorias na Câmara, o presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM) adiou a votação da reforma para 19 de fevereiro. Caso perca esse prazo, desde já visto com ceticismo pelo mercado, dificilmente conseguirá avançar na pauta devido à proximidade com as eleições.