Economia

Reforma da Previdência é principal fator para crescimento sustentável, diz consultoria de Roubini

03 fev 2017, 19:42 - atualizado em 05 nov 2017, 14:07

A aprovação da Reforma da Previdência é fundamental para que o Brasil consiga retomar uma trajetória de crescimento sustentável, avalia a consultoria RGE Economics, do economista Nouriel Roubini.  “Isso não irá apenas determinar o desempenho econômico no curto prazo (servindo como um teste para o governo e impulsionador da confiança), mas também será importante para o médio prazo”, mostra o relatório obtido pelo Money Times e assinado pelo economista Ariel Rajnerman.

O Congresso tem indicado que o texto irá sofrer alterações. O senador Dário Berger (PMDB-SC) apontou a reforma como basilar para q volta do crescimento. Ele admitiu, porém, que será difícil aprovar da forma como o governo a enviou. “Precisamos encontrar uma forma criativa e inteligente para um equilíbrio entre a idade e a contribuição, para um sistema mais justo e adequado para os brasileiros e brasileiras”, afirmou à Agência Brasil.

Rajnerman estima que a aprovação possa a acontecer ainda no primeiro semestre, mas vê riscos substanciais para que isso não aconteça por conta da dinâmica política brasileira. “Um risco de baixa para isso (probabilidade de 20%) é uma interrupção da agenda de reformas (talvez envolvendo a queda do presidente Michel Temer), o que poderia gerar uma espiral de queda de menor crescimento e deterioração fiscal”.

Implicações para o mercado

Assumindo a aprovação da reforma, o desempenho acima da média dos títulos da dívida brasileira em dólar (em relação aos outros mercados emergentes) irão provavelmente continuar a melhorar ao lado dos fundamentos e limitar a depreciação do real em relação aos eventos políticos e aumento de juro nos EUA.

“Ainda vemos espaço para um rali nos títulos locais, apesar de vermos isso apenas na ponta longa da curva – os ralis recentes estiveram concentrados nas pontas curtas e sugerem que o ciclo está já bastante precificado”, explica o economista. O crescimento esperado para o PIB brasileiro de 2017 é e 0,6%.

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