Política

Reforma da OMC é “elemento-chave” para economia, diz Bolsonaro no G20

21 nov 2020, 14:12 - atualizado em 21 nov 2020, 14:12
Jair bolsonaro G20
Segundo o presidente, as iniciativas de cooperação internacional prosperaram desde o último encontro extraordinário do grupo (Imagem: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro pediu hoje (21) aos demais líderes do G-20, durante reunião virtual em Riad, na Arábia Saudita, reformas e avanços nos compromissos da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Ele disse que os pilares que formam o acordo – negociações, solução de controvérsias, monitoramento e transparência – devem ser discutidos pelos ministros dos países da OMC.

No discurso, Bolsonaro falou ainda sobre medidas de combate à pandemia, proteção e estímulo à economia e possíveis vacinas contra a covid-19.

Segundo o presidente, as iniciativas de cooperação internacional prosperaram desde o último encontro extraordinário do grupo, ocorrido em 26 de março. Bolsonaro citou os esforços e o sucesso na manutenção do fluxo comercial regular entre os países, apesar do contexto da pandemia.

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OMC

Ao destacar a necessidade de reformas nos compromissos da OMC, o presidente afirmou que a ambição de reduzir os subsídios para bens agrícolas deve contar com a mesma vontade com que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais.

Para ele, a reforma da organização deve prever “a criação de condições justas e equilibradas não só de bens, mas também de serviços.”

Apoio à Economia Global

Sobre economia, o presidente citou a injeção de mais de US$ 11 trilhões feita pelos países participantes do G20 em pacotes de estímulos locais, como o auxílio emergencial brasileiro.

Em seu discurso, Jair Bolsonaro disse também que as medidas contribuíram para assegurar a devida liquidez aos mercados e conferir alívio fiscal aos países mais vulneráveis. “Evitamos, dessa maneira, que os efeitos da pandemia fossem ainda mais devastadores.”

Ele destacou a criação do auxílio emergencial, que preservou 12 milhões de postos de trabalho, beneficiou 65 milhões de pessoas e permitiu que 400 mil empresas se mantivessem abertas com a juda do governo federal.

Vacina no Brasil

Em relação à busca de uma vacina eficaz contra o novo coronavírus, o presidente afirmou que “o Brasil se soma aos esforços internacionais, bem como adota o tratamento precoce no combate à doença”.

Ele lembrou a importância da livre escolha sobre a vacinação,e frisou que a pandemia não pode servir de justificativa para ataques às liberdades individuais.

“Juntos, estamos superando uma das mais graves crises sanitárias da história recente. Estamos vencendo as incertezas, as dificuldades logísticas e, inclusive, a desinformação”, afirmou Bolsonaro.

Ao fim do discurso, o presidente brasileiro conclamou os parceiros a agilizarem a implementação das mudanças sugeridas. Segundo a agenda do evento, Bolsonaro deverá falar novamente amanhã (22) no encerramento da reunião.

Juntos, estamos superando uma das mais graves crises sanitárias da história recente (Imagem: Reuters/Siphiwe Sibeko)

Com o tema “Percebendo oportunidades do século 21 para todos”, o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, abriu a reunião do G20 com um discurso sobre união e ações em bloco contra a pandemia do novo coronavírus.

Ele citou os US$ 11 trilhões injetados na economia mundial por pacotes de ajuda que vigoraram em todos os países do grupo, como, por exemplo, o auxílio emergencial no Brasil.

G20 na pandemia

A reunião, que acontece na cidade de Riad – capital da Arábia Saudita -, é o 15º encontro do G20. Participam, além do país anfitrião e do Brasil, os presidentes da Argentina, Austrália, do Canadá, da China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, do apão, México, da Rússia, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, do Reino Unido, dos Estados Unidos, além de representantes da União Europeia.

Em razão da pandemia de covid-19, as instalações físicas do encontro do G20 são apenas simbólicas, com a maior parte da agenda sendo cumprida online.

Participam ainda do encontro convidados que não fazem parte do grupo, como Jordânia, Ruanda, Singapura, Espanha, Suíça, Emirados Árabes Unidos e Vietnã.