Reforço a colchão de liquidez do Tesouro com PEC Emergencial pode chegar a R$ 200 bi, diz Funchal
O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, disse nesta sexta-feira que o reforço ao colchão de liquidez do Tesouro com regra da PEC Emergencial que autorizou o uso para esse fim, por três anos, do estoque do chamado superávit financeiro dos fundos públicos do Executivo pode chegar a 200 bilhões de reais.
“A gente estima em 160 (bilhões de reais), 200 bilhões de reais. É uma ajuda bastante importante nesse período de incerteza com a pandemia, cenário externo, inflação nos EUA.
Então para a gestão da dívida vai se muito importante para os próximos meses fortalecer esse colchão”, disse Funchal durante evento virtual da XP.
Estimativas iniciais do Tesouro logo após a aprovação da PEC davam conta de que o impacto da nova regra seria próximo a 100 bilhões de reais neste ano, com volume menores de recursos entrando em 2022 e 2023.
O reforço ainda maior ao colchão usado para amortizar a dívida pública deve trazer mais tranquilidade à gestão da dívida em um ano de concentração de vencimentos e no qual as despesas primárias do governo estarão cada vez mais pressionadas por despesas relacionadas à pandemia da Covid-19
Em janeiro, o Tesouro informou que sua reserva de liquidez estava em 800 bilhões de reais, valor que seria suficiente para cobrir os vencimentos de títulos da dívida pública pelos seis meses seguintes.
No ano todo, os vencimentos de dívida totalizam 1,4 trilhão de reais, sendo que metade desse volume terá de ser rolada até abril.