Política

Reeleição de Bolsonaro depende de Auxílio e moderação, diz Ipec

24 ago 2022, 18:54 - atualizado em 24 ago 2022, 18:54
Jair Bolsonaro
O desempenho de Bolsonaro depende também de sua vontade de moderar a retórica agressiva que se tornou uma marca registrada (Imagem: Flckr/Alan Santos/PR)

A capacidade do presidente Jair Bolsonaro de ganhar terreno com os eleitores menos de seis semanas antes da eleição depende em grande parte do impacto das medidas de alívio econômico e de sua capacidade de moderar a retórica, de acordo com o Ipec.

A aprovação do governo de Bolsonaro vem melhorando este ano e agora está perto de 30% – um nível acima do qual ex-presidentes foram reeleitos, disse Márcia Cavallari, CEO do Ipec, em evento organizado pela Bloomberg em São Paulo nesta quarta-feira.

O presidente, que está mais de 10 pontos percentuais atrás de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas, colocou em prática um pacote de cerca de R$ 40 bilhões para aliviar o impacto da inflação sobre os mais pobres, além de cortes de impostos sobre combustíveis que estão beneficiando amplamente a classe média.

Embora as pesquisas tenham começado a refletir o impacto dessas medidas, elas ainda não estão totalmente consolidadas, diz Cavallari, acrescentando que os incumbentes geralmente conseguem um aumento de popularidade durante o período de propaganda gratuita na TV e no rádio que começa na sexta-feira.

“Últimos movimentos observados diminuem muito a possibilidade de decisão no primeiro turno”, afirmou ela. “Precisamos ver se Bolsonaro será capaz de crescer tanto quanto outros presidentes.”

O desempenho de Bolsonaro depende também de sua vontade de moderar a retórica agressiva que se tornou uma marca registrada.

Pesquisas, incluindo algumas realizadas por sua equipe de campanha, mostram que ataques frequentes às autoridades eleitorais ou ao sistema de votação eletrônica do país tendem a custar ao presidente votos preciosos de brasileiros moderados.

Jair Bolsonaro
Precisamos ver se Bolsonaro será capaz de crescer tanto quanto outros presidente (Imagem: Flickr/Isac Nóbrega/PR)

“Qual vai ser o nível de agressividade dessa campanha? Os eleitores não querem essa agressividade. Não querem que isso vire uma guerra”, afirmou. “Dependendo do que acontecer, pode ter movimentos do tipo sai voto do Ciro (Gomes) e vai para o Lula para acabar no primeiro turno e não continuar com uma guerra por mais um mês.”

Ao contrário de outras eleições, os brasileiros já decidiram em grande parte em quem votarão, mesmo semanas antes da votação, de acordo com Cavallari, que trabalha com pesquisas há mais de 40 anos.

Lula e Bolsonaro têm uma combinação de 80% das intenções de voto na maioria das pesquisas, e nenhum outro candidato aparece com mais de dois dígitos. O desafio de Lula é manter sua posição, disse Cavallari. “Ele não pode cometer nenhum erro.”

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