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Rede móvel da Tim volta a níveis pré-covid e deixa analistas ansiosos para o 4º trimestre

05 nov 2020, 10:32 - atualizado em 05 nov 2020, 12:31
TIM
Em geral, a visão é muito positiva para a empresa, que deve ser bastante impactada com a volta total da economia (Imagem: Divulgação/TIM)

A rede móvel da Tim (TIMS3) passou por uma forte reestruturação e voltou a níveis pré-covid, de acordo com o balanço financeiro divulgado pela companhia na terça-feira (3), o que deixou os analistas ansiosos para os resultados do 4º trimestre da companhia.

A empresa fechou setembro com base móvel de 51,16 milhões de clientes, porém sofreu uma queda de 21% no seu lucro líquido, o que não parece ter sido muito impactante para os analistas do BTG Pactual, Banco Safra e Ágora Investimentos.

“Em suma, os resultados da Tim no 3º trimestre foram bons como o esperado, principalmente no aumento da receita, que compensou o leve aumento nas despesas operacionais. Para os próximos trimestres, esperamos que a retomada gradual da receita da Tim continue, conforme a atividade econômica volte à normalidade, como já observamos”, afirmou o Safra.

Para a Ágora, os resultados contaram com uma forcinha também do controle de inadimplência e maior eficiência de capex (investimentos). “O retorno do crescimento da receita para território positivo no 3º trimestre, graças ao segmento móvel, nos leva a esperar um melhor desempenho para os próximos trimestres”

O BTG acredita que a empresa está negociando com um valuation muito atraente, 3,8x EV/EBITDA 2021E (vs. pares globais em 6x), mesmo com o setor passando por uma transformação saudável.

“No caso da TIM, acreditamos que há uma vantagem adicional interessante de uma potencial transação de M&A envolvendo a Oi Mobile. Considerando que a venda da divisão móvel da Oi por R $ 16,5 bilhões está confirmada, estimamos que as sinergias poderiam chegar a R $ 3,5 por ação”, afirmou o banco. 

Em geral, a visão é muito positiva para a empresa, que deve ser bastante impactada com a volta total da economia.

A recomendação das três instituições é de compra para as ações da Tim, com preço-alvo de R$ 20 do BTG, R$ 19 do Safra e R$ 18,50 da Ágora.