BusinessTimes

Rede D’Or (RDOR3) entrega melhor 4T21 do setor de saúde, diz BTG; compre a ação, indicam analistas

30 mar 2022, 12:57 - atualizado em 30 mar 2022, 12:57
Rede D'Or
A Rede D’Or teve os melhores números do quarto trimestre de 2021 entre os players sob a cobertura do BTG Pactual (Imagem: LinkedIn/Rede D’Or São Luiz)

A Rede D’Or (RDOR3) entregou os melhores resultados do quarto trimestre de 2021 do setor de saúde até agora, afirma o BTG Pactual (BPAC11).

De acordo com o banco, a performance da Rede D’Or deixou a desejar em relação aos últimos dois trimestres, dada a sazonalidade mais fraca. Porém, em uma base relativa, a companhia teve os melhores números do período entre os players sob sua cobertura.

A empresa registrou crescimento de 38,5% no lucro líquido do período ante o quarto trimestre de 2020, a R$ 419,5 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou avanço de 24% na comparação anual, totalizando R$ 1,26 bilhão.

A receita líquida atingiu R$ 5,13 bilhões no quarto trimestre, expansão de 23,2% sobre um ano antes.

A XP Investimentos destaca que os efeitos relacionados à Covid-19 estão se tornando cada vez menos significativos, impactando menos os resultados da Rede D’Or.

Por outro lado, a alta alavancagem da empresa aliada ao aumento das taxas de juros aumentam as despesas financeiras líquidas (R$ 463 milhões, ante R$ 345 milhões no quarto trimestre de 2020).

Outro destaque negativo do balanço da Rede D’Or é a menor margem Ebitda ajustada, de 25%, embora tenha ficado acima das estimativas da XP. O indicador foi afetado pelo aumento das receitas de oncologia, que geram margens menores e R$ 60 milhões de equivalência patrimonial do Hospital Badin e Qualicorp (QUAL3).

Máquina de aquisição

Os tickets foram pressionados principalmente pela mudança no mix, já que houve um maior número de pacientes graves de Covid-19 no quarto trimestre de 2020, e pelas aquisições realizadas nos últimos 12 meses.

Para a Genial Investimentos, os resultados reforçam a ideia de que a Rede D’Or é uma “máquina de aquisição”. A corretora chama atenção para o forte crescimento de receita, motivado pelos M&As (fusões e aquisições).

Com a aquisição da SulAmérica pela Rede D’Or, a consolidação do setor de saúde ganha um novo capítulo. Segundo a Genial, a companhia dá mais um passo na construção de seu ecossistema completo de saúde com a maior rede de hospitais do Brasil.

“Com apenas 20% da receita da Rede D’Or vinda da SulAmérica e 20% dos custos médicos da SulAmérica vindos da Rede D’Or, ambas as companhias falam em independência de suas operações, mas acreditamos que uma verticalização branda seja interessante no médio-longo prazo”, comenta.

A Genial vê algumas sinergias na operação, como aumento da taxa de ocupação em hospitais da rede, melhora da oferta em planos de saúde de mid-ticket (Sulamérica Direto) para barrar avanços da Hapvida (HAPV3) e da NotreDame Intermédica e velocidade de convênio em hospitais novos com planos da Sulamérica.

Outro ativo-chave, segundo a corretora, é a Amil, terceira maior operadora de saúde em termos de receita e segunda maior operadora dental do país que conta também com 31 hospitais.

Os analistas do BTG, da XP e da Genial têm recomendação de compra para as ações. Os preços-alvo sugeridos são de, respectivamente, R$ 60, R$ 88 e R$ 59.

Disclaimer

Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.