Rede D’Or é uma ação cara, mas vale a pena comprar, diz Itaú BBA
O Itaú BBA iniciou a cobertura da Rede D’Or (RDOR3) com uma visão bastante positiva, que inclui recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 88 para 2022. O valor embute uma alta potencial de 25% sobre o atual patamar de preços.
Gustavo Miele, Emerson Vieira, Lucca Marquezini e Felipe Amancio, que assinam o relatório, explicam que o papel não é, exatamente, uma pechincha. “Vemos a companhia ser negociada por um EV/Ebitda ajustado de 23,8 vezes em 2022, o que está longe de ser uma barganha, já que é a ação mais cara de nossa cobertura no setor de saúde”, afirmam.
Então, por que comprá-la? A resposta, segundo o quarteto, envolve “seu alto potencial de crescimento, excelente histórico, vantagens competitivas atraentes e uma execução superior”. Conclusão: “cremos que a Rede D’Or continuará a entregar retornos sólidos no longo prazo”, explicam os analistas.
Usina de geração de caixa
Para o Itaú BBA, a companhia é uma das poucas que souberam se transformar em uma plataforma nacional de crescimento. A gestora lembra que a taxa média anual de crescimento do ebitda, entre 2018 e 2021, foi de 22%. Impressionante? Pois é, mas pode melhorar. Os analistas projetam um crescimento médio anual de 24% entre 2021 e 2025.
Com o caixa fortalecido pelos R$ 8,4 bilhões obtidos na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), as esperadas aquisições não serão o único combustível dessa expansão. Um movimento igualmente estratégico é estender sua atuação por toda a jornada dos clientes na rede de saúde, ampliando o leque de serviços prestados.
“Esperamos que essa relação simbiótica com os clientes conduza a um firme crescimento à frente”, afirmam os analistas do Itaú BBA. O quarteto acrescenta que alguns projetos poderiam destravar ainda mais valor para os acionistas.
Nesse rol de “opcionalidades não totalmente desenvolvidas”, estão a expansão do atendimento oncológico, parcerias com a Amil, Porto Seguro (PSSA3) e Qualicorp (QUAL3), da qual detém 25% do capital.