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Rival do Pão de Açúcar (PCAR3) recorre à Justiça para evitar vencimento antecipado de dívidas

19 fev 2025, 14:39 - atualizado em 19 fev 2025, 14:39
Empresas. Recuperação Judicial, Dívidas, Mercado
Segundo a empresa, há o risco de vencimento antecipado de dívida (Imagem: Mojo_cp/Canva Pro)

A rede de supermercados St Marche entrou com um pedido à Justiça de São Paulo para suspensão temporária do pagamento de dívidas e para proteger a companhia contra medidas de cobrança de credores financeiros.

A companhia encaminhou à 1a vara de falências e recuperações judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo pedido de tutela de urgência cautelar para que seja viabilizada uma “rápida, organizada e efetiva composição entre devedor e seus credores”, conforme documento produzido pelo escritório TWK Advogados.

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O St Marche, um rival de menor porte da bandeira Pão de Açúçar (PCAR3), do grupo GPA, criado há 20 anos na cidade de São Paulo e que atualmente possui cerca de 30 lojas no Estado, cita na causa que o pedido à Justiça serve para a empresa evitar um “eventual” pedido de recuperação judicial, por meio da suspensão por até 60 dias da possibilidade de decretação de vencimento antecipado das dívidas e suas execuções.

O pedido foi concedido parcialmente, com o juiz no caso, Jomar Juarez Amorim, citando que o deferimento parcial serve apenas para “determinar a suspensão de execuções contra as requerentes, desde que embasadas em créditos sujeitos a RJ” pelo prazo máximo de 60 dias.

Segundo a empresa, há o risco de vencimento antecipado de dívida relacionada a debênture emitida pela holding não operacional STM e com prazo vencendo em 23 de junho de 2026.

Esse vencimento antecipado soma um total de cerca de R$276 milhões, “em razão de descumprimento de um único ‘covenant’ financeiro, relativo ao índice de alavancagem de uma de suas subsidiárias”, segundo o pedido.

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A rede cita que nos últimos dias fundos da Quatá enviaram avisos de vencimento antecipado de dívidas e que a STM “tem tido dificuldades na extensão de prazo do período de negociação” com o fundo de investimento em direitos creditórios não-padronizados Alternative Assets.

A companhia citou no pedido que chegou a tentar fazer uma abertura de capital em 2021 para levantar recursos para bancar seu crescimento “exponencial”, mas acabou não indo adiante diante de “mudanças no cenário macroeconômico”.

A empresa ainda afirmou que o escândalo gerado pela fraude contábil bilionária que levou a Americanas à recuperação judicial em 2023 gerou redução de crédito ao setor e ao St Marche.

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reuters@moneytimes.com.br
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