Franquia: Rede de cafeterias quer faturar até R$ 100 mi em 2022; veja como adquirir a sua
A rede de franquia Duckbill pretende faturar R$ 100 milhões e abrir 80 lojas em 2022. A meta veio após a companhia faturar R$ 42 milhões no ano passado.
A cafeteria foi fundada em 2016 por Rafael Naves, que começou sua história de empreendedor tendo que pegar um empréstimo e dar o seu carro como garantia.
“Eu achava que para abrir a loja eu ia gastar R$ 50 mil, que era o dinheiro que eu tinha, mas, na verdade, ela ficou em R$ 130 mil. Foi mais do que o dobro do que eu imaginava”, afirma Naves ao Money Times.
Foi assim que ele deu o primeiro passo para começar sua marca, que teve seu modelo de negócio baseado na Levain Bakery, uma rede de padarias de Nova Iorque. Após um ano de negócio, o empresário começou a estudar o segmento de franquias.
A decisão para entrar no setor aconteceu no final de 2017 e Rafael contou com o apoio do atual sócio, Davi Pinto.
“Ele era meu professor em um curso sobre franquias, e depois fez uma proposta para se tornar o meu sócio. E começamos em fevereiro de 2018”, explica.
Investimento inicial
Para quem deseja ser um franqueado da Duckbill é preciso, antes de tudo, desembolsar de R$ 170 mil a R$ 300 mil.
O valor varia dependendo do tamanho do espaço e do bairro em que a loja vai ficar. Vale ressaltar que o público alvo do negócio são as classes A e B.
Além disso, o empreendedor dever possuir cerca de R$ 50 mil de capital de giro, para segurar as pontas se algum problema acontecer.
Taxas
Outro ponto é que Rafael cobra uma taxa de franquia entre R$ 40 mil e 70 mil, novamente, a depender do tamanho da loja. Naves cobra também cerca de 7,5% do faturamento por mês em royalties.
Faturamento e lucro
O faturamento médio dos franqueados é de R$ 50 mil por mês.
A margem de lucro fica entre 10% a 20% do faturamento, ou seja, o franqueado tende a registrar um lucro entre R$ 5 mil e R$ 10 mil mensais.
Problemas com logística
Como ponto negativo, Rafael cita que um dos principais problemas é a entrega dos cookies para os franqueados, que são fabricados no interior paulista, na cidade de Franca
“O Brasil é muito grande territorialmente e nossa fábrica está em São Paulo e para entregar nossos produtos para o franqueado pode demorar muito, principalmente na região norte. Então, uma entrega em Manaus pode demorar até 28 dias”, diz o empresário.
Por isso, ele recomenda fazer os pedidos um mês antes de acabar o produto, pois esse pode ser o tempo que ele pode demorar para chegar na loja.
Riscos
O não nega p risco de quebrar, tendo em vista que 9 franqueados fecharam as portas no pior momento do avanço do coronavírus, quando medidas restritivas eram implementadas para conter o avanço da doença.
“As lojas de shopping sofreram muito, principalmente porque eles ficaram fechadas por muito tempo, isso trouxe um custo muito grande para os fraqueados, que não resistiram a situação”, explica.
A falta de capital de gírio também é um problema para quem quer começar. O empresário recomenda um capital mínimo de R$ 50 mil, caso contrário as chances de quebrar são altas.
“Teve uma vez que o franqueado disse que tinha todo o dinheiro para montar a loja, mas, na verdade, faltou e ele acabou se endividando muito, não conseguir pagar a dívida e manter a loja. Acabou quebrando”, conclui o franqueador.