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Recuperação judicial, meta fiscal e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta segunda (15)

15 jan 2024, 10:09 - atualizado em 15 jan 2024, 10:09
Ibovespa
Gol cogita recuperação judicial, Haddad focado em meta fiscal e outros assuntos que devem mexer com o Ibovespa (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (15) em queda, recuando 0,37%, a 130.497 pontos, por volta das 10h04. Na sexta (12), o IBOV reverteu a sequência de queda dos últimos três pregões, fechando com leve alta. No acumulado da semana, o índice registrou perdas de 0,78%.

dólar rondava a estabilidade frente ao real nos primeiros negócios de hoje, em sessão sem grandes catalisadores e de liquidez reduzida devido a feriado nos Estados Unidos, com o foco de investidores ficando na pauta política doméstica em meio às negociações sobre a reoneração da folha. Por volta das 10h, a moeda avançava 0,34%, a R$ 4,8702.

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5 assuntos que vão mexer com o Ibovespa nesta segunda (15)

Gol (GOLL4) cogita pedir recuperação judicial nos EUA

Gol (GOLL4) disse ao jornal Folha de S. Paulo, que está cogitando realizar um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em, no máximo, um mês.

Isso porque, segundo pessoas que participaram da conversa, seria mais vantajoso financeiramente aderir ao Capítulo 11 da lei norte-americana de falências, do que abrir o processo do pedido de recuperação no Brasil.

Nessas duas próximas semanas, a companhia terá a possibilidade de viabilizar um plano de reestruturação de dívidas entre as partes envolvidas e fora da Justiça, apesar da possibilidade estar se mostrando inviável.

Os financeiros, lessores (arrendadores de aeronaves) e stakeholders (investidores com papéis de dívida da companhia) estão em conflito quanto aos interesses

O analista Mateus Haag, da Guide Investimentos, avalia o impacto como negativo. “A notícia que a companhia está avaliando entrar em recuperação judicial não deve ser bem recebida pelos investidores, pois isso deflagra a difícil situação financeiras da companhia”, explica.

Haddad fica de fora de Fórum Econômico Mundial para tentar salvar fiscal

Hoje, começa o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Mas o ministro Fernando Haddad não estará presente no evento. As informações são de que ele optou em não viajar para priorizar a agenda fiscal, em meio a crise com o Congresso.

Ele e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, devem se encontrar nesta segunda-feira para debater a Medida Provisória que promove uma reoneração gradual da folha de pagamento. A MP foi entregue pelo Ministério da Fazenda já no final do ano passado, bem no meio do recesso parlamentar, o que deixou o Congresso irritado com o governo.

A Fazenda já está pensando em soluções para bancar eventuais prejuízos na arrecadação. A princípio, o plano era protocolar uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para agilizara a reoneração da tributação. Além disso, não está descartada a possibilidade de o governo apresentar um projeto de lei para acabar com a desoneração.

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca que para alcançar o objetivo de eliminar o déficit fiscal, o governo necessita de uma receita adicional de R$ 168,5 bilhões.

Para ele, parece improvável que essa meta seja atingida, o que pode levar a uma revisão até o final do primeiro trimestre, momento em que o Tesouro Nacional apresentará seu relatório bimestral sobre as contas públicas.

“Esse cenário de incerteza fiscal tem preocupado investidores e influenciado a curva de juros. Apesar disso, há previsões otimistas, como a da Oxford Economics, que projeta uma redução significativa nos juros de longo prazo do Brasil”, destaca.

Economistas voltam a reduzir projeções de inflação

Na semana passada, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,56% em dezembro. Com isso, o IPCA fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, ficando abaixo do teto de 4,75% proposto pelo Banco Central.

Após a divulgação dos números, os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a reduzir as projeções da inflação para 2024. Segundo os dados do Relatório Focus, as apostas são que o ano fechará com a inflação em 3,87%, ante os 3,90% registrados na semana anterior. Para 2025, a projeção permanece em 3,50%.

Vale lembrar que, a previsão de inflação voltou para dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2024 e 2025 são de 3% conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Feriado nos EUA, com Livro Bege no radar

Hoje é feriado nos Estados Unidos, no entanto, a semana promete ser agitada no cenário internacional. Nesta semana começam as primárias republicanas em Iowa, marcando o começo da temporada eleitoral americana.

“Um ponto de particular interesse é verificar se o ex-presidente Trump mantém sua liderança nas urnas, conforme indicado pelas pesquisas, e quem emergirá como o segundo colocado”, pontua o analista da Empiricus, Matheus Spiess.

Há ainda a divulgação Livro Bege do Federal Reserve, que apresenta o cenário econômico dos 12 distritos do banco central americano e poderá ditar o futuro da taxa de juros.

Embraer (EMBR3) espera número recorde

Embraer (EMBR3) afirmou à Reuters nesta segunda-feira (15) que, em uma estimativa para 2024, a companhia espera entregar um número recorde de aviões agrícolas Ipanema. Cada Ipanema é vendido por R$ 3,6 milhões, segundo a empresa.

Essa prévia positiva se deu ao resultado de 2023 ter sido impulsionado pelo bom desempenho do agronegócio.

Sendo assim, a companhia espera produzir 70 unidades este ano, frente às 65 produzidas no ano passado — no qual seu recorde era de 67 aviões do modelo atingido em 2011.

Já as encomendas do avião atingiram um recorde de 70 unidades em 2023, ante a 66 unidades em 2022.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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