Emprego

Recuperação global de empregos atrasará devido a Ômicron e incertezas da pandemia, diz OIT

17 jan 2022, 9:43 - atualizado em 17 jan 2022, 9:44
A agência da ONU estima o equivalente a cerca de 52 milhões de empregos a menos em 2022 em relação aos níveis anteriores à pandemia de Covid-19, o que equivale a cerca do dobro da estimativa anterior de junho de 2021 (Imagem: REUTERS/Carlo Allegri)

O mercado de trabalho global levará mais tempo do que se pensava anteriormente para se recuperar, com os níveis de desemprego acima do patamar pré-pandemia até pelo menos 2023 devido à incerteza sobre o curso e a duração da pandemia, disse a Organização Internacional do Trabalho em relatório nesta segunda-feira.

A agência da ONU estima o equivalente a cerca de 52 milhões de empregos a menos em 2022 em relação aos níveis anteriores à pandemia de Covid-19, o que equivale a cerca do dobro da estimativa anterior de junho de 2021.

As interrupções devem continuar em 2023, quando ainda haverá cerca de 27 milhões de empregos a menos, disse a OIT, alertando para uma recuperação “lenta e incerta” em seu relatório Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo em 2022.

“As perspectivas do mercado de trabalho global se deterioraram desde as últimas projeções da OIT; um retorno ao desempenho pré-pandemia provavelmente permanecerá indefinido para grande parte do mundo nos próximos anos”, disse o relatório.

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, disse a jornalistas que há vários fatores por trás de sua revisão, dizendo que “o principal é a pandemia contínua e suas variantes, principalmente a Ômicron“.

No geral, estima-se que cerca de 207 milhões de pessoas estejam desempregadas em 2022. No entanto, o relatório informou que o impacto será significativamente maior, pois muitas pessoas deixaram a força de trabalho e ainda não retornaram.

Ainda assim, o déficit de horas de trabalho projetado para este ano representa uma melhora em relação aos últimos dois anos.

Em 2021, segundo a OIT, havia cerca de 125 milhões de empregos a menos do que os níveis pré-pandemia e em 2020, 258 milhões a menos.

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