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Recuperação do IRB não é uma linha reta ou rápida, alerta BTG após novo prejuízo

12 nov 2021, 9:54 - atualizado em 12 nov 2021, 12:52
IRB
A empresa encerrou o terceiro trimestre de 2021 com prejuízo contábil de R$ 155,7 milhões (Imagem: Reprodução/ Youtube do IRB)

Se a queda dos resultados do IRB (IRBR3) e de suas ações foi rápida, a sua recuperação não será. Esta é a avaliação do BTG Pactual em um relatório enviado a clientes após o mercado ter conhecido o balanço da resseguradora no terceiro trimestre de 2021.

A empresa encerrou o terceiro trimestre de 2021 com prejuízo contábil de R$ 155,7 milhões, queda de 27% ante os R$ 215 milhões do ano passado.

“O resultado líquido contábil da companhia foi negativamente impactado pelos negócios descontinuados (em run-off), com efeito total negativo de R$ 329,5 milhões, dos quais R$ 219,4 milhões decorrentes da cauda de contrato descontinuado do segmento de vida no exterior”, informou o IRB.

“O prejuízo líquido reportado não é uma surpresa total, visto que o IRB já divulgou previamente seu lucro líquido para os meses de julho e agosto “, lembram os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.

Eles também pontuam que o alto comando do IRB foi recém-aprovado pela Susep. O novo CEO, Raphael Carvalho, e o novo CFO, Willy Jordan, entraram no dia-a-dia das operações em outubro e novembro, respectivamente.

“Sinalizamos que, apesar de possuírem sólida formação, não possuem histórico no setor de resseguros, o que reforça a importância de Wilson Toneto [Vice Presidente Executivo Técnico e de Operações], que conhece muito do setor, nesta nova fase da empresa”.

Rosman, Paura e Buchpiguel resumem assim a leitura do balanço do IRB: “O processo de reavaliação pelo qual o IRB está passando não é uma linha reta ou rápida. Na verdade, as perdas líquidas continuam bem acima das expectativas, acima do capital da empresa, que caiu 17% a/a. Seus índices de solvência, embora ainda confortavelmente acima dos requisitos mínimos, deterioraram-se na passagem trimestral”.

A recomendação é neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 5,30 para 12 meses. O valor corresponde a um pequeno potencial de valorização de 5,8%.

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