Internacional

Recuperação da Zona do Euro fraqueja em janeiro com peso da Ômicron sobre serviços, mostra PMI

24 jan 2022, 7:37 - atualizado em 24 jan 2022, 7:37
Indústria
O PMI Composto preliminar da IHS Makit caiu a 52,4 em janeiro de 53,3 em dezembro, leitura mais fraca desde fevereiro e abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 52,6 (Imagem: Pixabay/emkanicepic)

A recuperação da economia da zona do euro enfraqueceu ainda mais neste mês uma vez que as novas restrições adotadas para conter a variante Ômicron do coronavírus afetaram mais uma vez a atividade de serviços, bem como a alta dos preços, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O PMI Composto preliminar da IHS Makit caiu a 52,4 em janeiro de 53,3 em dezembro, leitura mais fraca desde fevereiro e abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 52,6.

Esse resultado foi afetado pelo PMI de serviços, que caiu para a mínima de nove meses de 51,2 ante 53,1. Embora acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, o índice de serviços ficou abaixo da estimativa em pesquisa da Reuters de 52,2.

“A onda da Ômicron levou a outra forte queda nos gastos em muitos serviços de atendimento presencial ao consumidor no início do ano, com turismo, viagens e recreação especialmente afetados”, disse Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit.

Com os clientes permanecendo em casa, o aumento da demanda por serviços quase estagnou. O índice de novos negócios caiu a 50,8, de 52,5, leitura mais baixa desde abril do ano passado, pouco antes de partes da economia terem reaberto.

Os consumidores também foram afetados pela disparada dos preços. O subíndice composto de preços da produção permaneceu na máxima da pesquisa de novembro, após a inflação ter atingido um recorde no mês passado, provavelmente ampliando a pressão sobre o Banco Central Europeu para apertar a política monetária.

As fábricas, no entanto, são menos afetadas pelas restrições e permaneceram em geral abertas. O PMI de indústria subiu a uma máxima de cinco meses de 59,0 ante 58,0, bem acima da expectativa de 57,5.