Recuo técnico do café não tira perspectiva de déficit global, segundo a Cooxupé
O mercado do café mantém sua linha de movimento técnico que vem prevalecendo desde os últimos pregões de 2019 em Nova York (ICE Futures).
O contrato março voltou nesta sexta (3) à casa dos 129 centavos de dólar por libra-peso do dia 26 passado. Não segurou os 131 c/lp da véspera do Reveillon, porém também não rompe forte para baixo.
Neste segundo dia útil de 2020 até abriu os negócios com os traders forçando um recuo mais forte, mas a indecisão sobre o tamanho da oferta mundial, com o quase consenso sobre déficit, deixa a commodity em certo banho maria, explica Lúcio Dias, superintendente da Cooxupé.
Desse modo, o café arábica caminha para encerrar a sessão em recuo moderado, por enquanto na casa de menos 0,24%
“Já tentaram fazer cair (o café) diversas vezes, não rompe o suporte e volta a subir”, explica o executivo da maior cooperativa e exportadora brasileira.
Na sua opinião, as cotações estão “muito longe das médias que chamam vendas”, mais o fundamento da commodity (menor oferta) deixa a tendência de o “mercado se manter nos próximos dias”.
Nem a notícia de recorde das exportações brasileiras acumuladas (dezembro teve queda) e uma possível maior oferta no mercado tira a perspectiva, na Cooxupé, de descasamento entre o volume disponível e o consumo futuros.