Recuo nos preços da gasolina pode fazer etanol ceder um pouco mais e seguir competitivo
Depois de duas semanas consecutivas de fortes altas, o etanol na usina se acomodou cedendo nos preços desde segunda.
E às vésperas do recuo de 3% na gasolina (e 6% no diesel), não extrapola o risco da sua competitividade, após os 4,64% de elevação, entre os dias 24 a 28, e de 4,09%, na semana anterior, segundo o Cepea/Esalq.
Essa informação salta dos negócios operados, por exemplo, pela SCA Trading nesta quarta (2). Na zona etanoleira de Ribeirão Preto, o CEO Martinho Ono registrou leve recuo de R$ 2,25 (nas unidades que não estavam operando por menos) para R$ 2,23, preço FOB na indústria.
E com a Petrobras (PETR3; PETR4) tirando um pouco mais de margem da gasolina – “e sem que os postos de combustíveis ainda não repassaram o último aumento”, frisa o trader -, o biocombustível de cana e milho poderá recuar um pouco mais na usina.
As distribuidoras devem pressionar para cotações menores e algumas unidades deverão ceder, no momento em que a produção está normalizada com o clima favorecendo a moagem, além do que já há uma decadência natural na produção de açúcar.