Giro do Mercado

Recuo do Ibovespa hoje (24) não preocupa, segundo analista; Vale (VALE3) entre os destaques de 2025

24 mar 2025, 13:37 - atualizado em 24 mar 2025, 13:37

O Ibovespa (IBOV) opera em baixa nesta segunda-feira (24), ainda na expectativa pela ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve trazer mais detalhes sobre as próximas decisões sobre a Selic. Para Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, o recuo de hoje não preocupa.

“Temos que lembrar que nas últimas semanas o Ibovespa performou muito melhor que as bolsas lá fora. O mercado internacional continua pressionado pela indefinição em relação às tarifas de Trump, enquanto o mercado brasileiro se aproveitou de alguns fatores para subir”, afirmou Hungria, em entrevista ao Giro do Mercado.

Um dos principais fatores citados pelo analista é o resultado das últimas pesquisas eleitorais para 2026, com a perda de popularidade do governo apontando para uma possível mudança de eixo político. Além disso, Hungria ressalta os sinais de desaceleração da economia, que pode influenciar menores elevações da taxa de juros.

Na semana passada, o Ibovespa subiu 2,6%. “Dado que a bolsa brasileira tem uma das melhores performances no mundo em 2025, não vejo esse desempenho de hoje com grande preocupação”, afirmou.

Destaques da bolsa em 2025

Entre os destaques da bolsa no ano, Hungria destacou a Vale (VALE3), que já acumula alta de 6%. De acordo com o analista, as ações da empresa estavam descontadas há algum tempo, mas questões políticas, como a resolução do acordo de Mariana, influenciavam negativamente o papel.

“Neste ano as questões se dissiparam. Foi escolhido um novo CEO com toda a transparência possível e saíram os acordos envolvendo Mariana. Além disso, o governo chinês tenta aquecer a atividade econômica, o que pode impulsionar o mercado imobiliário, e, consequentemente, a venda do minério de ferro”, disse.

A respeito da temporada de balanços do quarto trimestre de 2024 (4T24), o especialista avalia o desempenho geral como mediano, ou até mesmo negativo, com perda de margem para algumas empresas.

No entanto, Hungria destaca que o fim de 2024 foi muito negativo para o mercado, com elevação das estimativas para inflação e alta do dólar castigando algumas empresas.

O especialista ainda comentou sobre a possibilidade de medidas do governo em relação aos combustíveis, o que poderia impactar a Petrobras (PETR4). Para acompanhar o programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
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