Carreiras

Recessão, demissões e inflação: Dicas para gerenciar sua carreira em uma economia incerta

24 jul 2022, 10:00 - atualizado em 22 jul 2022, 14:05
Demissões, recessão e inflação
Veja a dicas de carreira para te ajudar a enfrentar momentos de recessão, inflação e demissões (Imagem: Tim Gouw/Unsplash)

As coisas não estão legais nos EUA. Economistas estão prevendo uma recessão que acelerará o desemprego norte-americano, e os trabalhadores estão preocupados que seus empregos estejam em risco.

Cerca de 78% dos profissionais norte-americanos estão preocupados com a segurança do seu emprego se os EUA entrarem em recessão, segundo uma pesquisa recente da Insight Global.

Por lá, eles também enfrentam uma onda de demissões e congelamento de contratações. Assim, funcionários podem ficar tentados a se demitirem ou pressionarem por mudanças.

Período de incertezas

Nos EUA, o mercado de trabalho tem características próprias: o desemprego é baixo, a contratação é robusta e a taxa de desistência – o número de trabalhadores que deixam voluntariamente suas funções – permanece em níveis quase recorde, sugerindo que muitos estão confiantes em conseguir uma recolocação.

Mas, por enquanto, com uma recessão batendo a porta, os trabalhadores norte-americanos devem enfrentar alguma incerteza.

“A economia agora é um paradoxo”, disse o economista-chefe do trabalho da Appcast, uma empresa de software que ajuda as empresas no recrutamento, Andrew Flowers ao Business Insider.

Os norte-americanos experimentam isso em um nível pessoal. “Seus balanços domésticos estão em boa forma e o crescimento salarial ainda é forte, mas eles se sentem mais pobres devido ao alto custo de tudo, desde mantimentos a gás”, acrescentou Flowers.

Esse antagonismo divide também grandes nomes com, por exemplo, Elon Musk falando sobre uma recessão iminente, enquanto, a Secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo, afirma que os fundamentos são relativamente fortes e que não devemos “falar em uma recessão”.

É uma boa ideia mudar de emprego?

Pode ser difícil entender as mensagens confusas sobre o mercado de trabalho, juntamente com os fatores pessoais que entram nas decisões de carreira, como remuneração, benefícios, flexibilidade e realização, mas a janela para mudar de emprego pode estar se fechando.

Após um ano de alta demanda de candidatos, a decisão de mudar é mais complicada neste momento.

O risco também depende do setor: tecnologia, finanças e bancos de investimento já estão iniciando demissões, enquanto setores essenciais, como saúde e educação, provaram ser resilientes em crises econômicas.

Desistindo com sabedoria

Mais da metade dos funcionários norte-americanos disseram que procurarão um novo emprego se houver uma recessão, conforme os dados recentes da empresa de software de recrutamento Greenhouse.

Embora possa ser tentador deixar o emprego atual se você estiver infeliz, os efeitos da “depressão do desemprego” podem ser piores.

A “depressão do desemprego” é quando estar desempregado ou entre empregos afeta negativamente sua saúde mental, de acordo com a psicóloga e especialista em relacionamentos Dra. O. Christina Nelsen, consultada pelo Insider.

Com incerteza, qual é a melhor maneira de pedir um aumento?

Em março, quase 62% dos entrevistados em uma pesquisa da Robert Half com 1.000 trabalhadores dos EUA disseram que planejavam pedir um aumento este ano e o principal motivo é para se ajustar ao custo de vida mais alto.

Ao pedir um aumento de salário, é importante se concentrar no motivo pelo qual merece um, não no motivo pelo qual precisa.

Uma dica é: se o seu empregador não contabilizar automaticamente a inflação, consulte o Índice de Preços ao Consumidor para encontrar a taxa de inflação dos últimos 12 meses. Pegue esse número na forma decimal, adicione 1 e multiplique essa soma pelo seu salário atual para descobrir quanto pedir.

Vale também usar sites como Glassdoor para comparar seu salário com o do seus colegas do setor. Leve em consideração sua região geográfica e especialização, como orienta o fundador da Fearless Salary Negotiation, Josh Doody, ao Insider.

Além disso, compile realizações, elogios e avaliações de desempenho positivas mostrando como você foi especificamente bem-sucedido e concentre-se em métricas e exemplos concretos.

Se tornando à prova de recessão

Se você não quer que seu nome esteja no topo da lista para um possível corte, precisa fazer de tudo ao seu alcance para garantir que seja uma pessoa importante em seu local de trabalho.

É o que defende Bruce Tulgan, especialista em jovens no mercado de trabalho e autor de A arte de ser indispensável no trabalho”, em tradução livre, consultado pelo Insider.

Para agregar valor, Tulgan, aconselha, por exemplo, resolver um problema que ninguém mais resolveu, tornar um processo existente mais inteligente, mais rápido ou melhor – ou inventar um processo totalmente novo.

“A melhor coisa que você pode fazer é ter pessoas com autoridade e influência regularmente dependendo de você. Então, precisa se perguntar: quem confia em mim?”, finaliza ele.

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