Pix

Receita Federal revoga as novas medidas do Pix após ‘fake news’ e repercussão negativa

15 jan 2025, 17:15 - atualizado em 15 jan 2025, 17:15
economia-pix-cartao-de-credito-receita-federal
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Após fake news e repercussões negativas, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, revogou a nova fiscalização do Pix. A decisão aconteceu após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (15), no Palácio do Planalto.

O governo disse que vai investigar e responsabilizar aqueles que disseminaram informações falsas e usaram o nome e símbolo do órgão para dar golpes. No início do mês, a Receita Federal apertou a fiscalização de transferências por Pix, o que abriu margem para uma onda de fake news e golpistas se aproveitando daqueles que utilizam a ferramenta.

  • Quais são as top “Money Picks” para este mês? O Money Times ouviu analistas de toda a Faria Lima para descobrir; veja aqui o resultado 

Ontem (14), a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgou um comunicado alertando sobre as notícias falsas. De acordo com a entidade, não haverá qualquer taxação ou cobrança de impostos sobre o Pix.

“A Febraban alerta para notícias falsas que estão sendo divulgadas em redes sociais e esclarece que nada mudará para os usuários desse meio de pagamento e que não haverá qualquer tipo de cobrança ou taxação para quem utiliza o Pix”.

A Receita Federal também lançou um guia para tirar dúvidas sobre as novas medidas, buscando combater a repercussão de notícias falsas.

Apesar disso, a solução do governo foi de revogar as regras. De acordo com Barreirinhas, as pessoas distorceram e manipularam as informações, causando pânico e prejudicando usuários do Pix, desacreditando o instrumento.

“Por conta da continuidade do dano, da manipulação desse ato da Receita, eu decidi revogar esse ato”, afirmou.

Quais eram as medidas do Pix?

Ao contrário do que circula nas redes sociais, governo e os bancos não iriam taxar as transações financeiras via Pix realizadas por pessoas físicas.

A novidade era que, desde o início do ano, a Receita Federal passou a receber dados de transações financeiras superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. Essa medida abrange todas as operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento, não se limitando ao Pix.

Até então, o monitoramento da Receita era restrito a instituições financeiras tradicionais, como bancos públicos e privados, financeiras e cooperativas de crédito. Com a medida, o controle se estendia às operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento, como plataformas digitais, aplicativos, bancos virtuais e varejistas de grande porte.

Esse monitoramento seria realizado por meio do sistema e-Financeira e com o objetivo de reforçar o controle e a fiscalização das operações financeiras no país. As medidas visavam combater a evasão fiscal e promover a transparência nas transações.

A Receita Federal ressaltou que o sigilo bancário seria preservado. Não haveria acesso às informações sobre os emissores ou destinatários das transferências.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
Linkedin
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar