Receita de reequilíbrio da AutoBan turbina lucro da CCR (CCRO3) no 1º tri
Uma receita extraordinária de 5,3 bilhões de reais na concessão do sistema rodoviário AutoBan impulsionou as principais linhas de resultado da CCR (CCRO3) no primeiro trimestre, embora a concessionária de infraestrutura também tenha tido robusto crescimento de suas receitas recorrentes no período.
A CCR anunciou nesta quinta-feira que o lucro de janeiro a março subiu 5 vezes na comparação com igual etapa de 2021, para 3,45 bilhões de reais.
Em termos ajustados, a empresa teve prejuízo de 89,3 milhões ante lucro de 204 milhões um ano antes.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) mesma base evoluiu 30,7%, para 1,44 bilhão de reais, com alta de 0,5 ponto percentual da margem Ebitda, a 60,4%.
O número líquido disparou 176%, chegando a 6,91 bilhões de reais.
Na base recorrente, a receita líquida da companhia teve crescimento de 29,8%, para 2,39 bilhões de reais.
Em termos líquidos, a receita deu um salto de 133%, a 8 bilhões de reais.
O contrato de reequilíbrio permite que a CCR administre por mais 10 anos o Sistema AutoBan, que inclui as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, ambas no Estado de São Paulo, até 2037.
Para ajustar os resultados do primeiro trimestre, a empresa excluiu os números da Rodonorte, concessão no Paraná vencida em novembro, assim como os da entrada de novos negócios, como as linhas 8 e 9 do metrô de São Paulo.
No relatório de resultados, a CCR afirmou que os números do primeiro trimestre mostram a retomada econômica no país, “com o retorno às atividades presenciais, viagens de negócio e turismo e maior circulação de pessoas e mercadorias”. As companhias aéreas Azul e Gol fizeram comentários semelhantes recentemente em suas respectivas divulgações de resultados.
Os destaques no período para a CCR foram o setor de aeroportos, com aumento de 81,8% no tráfego de passageiros, enquanto o de mobilidade avançou 39,7%.
A movimentação de veículos nas rodovias administradas pela CCR cresceu 6,2%.
“Essa tendência de recuperação foi acelerada desde então”, disse a gerente de relações com investidores da CCR, Flavia Godoy, à Reuters.
Internacional
A CCR pretende manter seus negócios de administração de aeroportos fora do Brasil -Curaçao, Costa Rica e Equador após ter anunciado nesta semana a venda de sua participação de 70% na Total Airport Services (TAS), disse Godoy.
“Continuamos com nossas operações internacionais mas, devido ao forte pipeline de oportunidades aqui, vamos focar em novos negócios no Brasil”, disse ela.
Votorantim e Itaúsa acertaram em março a compra da fatia da Andrade Gutierrez na CCR por 4,1 bilhões reais.
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