Receita da Nestlé cresce 3,3% e atinge US$ 94,59 bi no acumulado de 2021
A Nestlé informou nesta quinta-feira, 17, que a receita bruta da companhia no acumulado de 2021 aumentou em 3,3% ante 2020, chegando a 87,1 bilhões de francos suíços (US$ 94,59 bilhões) ante 84,3 bilhões de francos suíços no ano anterior.
O lucro líquido da companhia aumentou 38,1% na comparação anual de 12,23 bilhões de francos suíços para 16,9 bilhões de francos suíços (US$ 18,29 bilhões). A empresa atribuiu o resultado ao crescimento nas vendas no varejo, uma recuperação constante em refeições fora de casa, aumento de preços e ganhos de participação de mercado.
No período, o crescimento orgânico da Nestlé foi de 7,5% sustentado pelo forte impulso na categoria de café, enquanto o crescimento real interno foi de 5,5%.
“Limitamos o efeito da inflação de custos por meio de gestão e preços responsáveis. Nossos robustos ganhos subjacentes mostram a resiliência do nosso modelo de criação de valor”, disse o CEO global da Nestlé, Mark Schneider, em comunicado divulgado para a imprensa.
A Nestlé afirmou também que continuou com evolução no portfólio, com exemplos que incluem a aquisição das marcas principais da The Bountiful Company e o desinvestimento das principais marcas de água na América do Norte.
Para o acumulado do ano fiscal de 2022, a Nestlé espera um crescimento orgânico de vendas de cerca de 5% e uma margem de lucro operacional subjacente entre 17% e 17,5%, sustentado por melhorias contínuas na margem de lucro operacional. A alocação de capital e a eficiência também devem melhorar, de acordo com a companhia. A Nestlé disse ainda que irá propor um dividendo de 2,80 francos suíços por ação na assembleia geral anual de 7 de abril, alta de 0,05 centavos de franco suíço.
O Banco Citi observou que a perspectiva de margem subjacente da Nestlé para 2022 implica em um pequeno declínio no consenso dos analistas do banco, que pode levar a um corte entre 1% a 2% do Ebit. “Mas ainda aponta para um efeito menos severo do que o observado para os pares”, avaliou o Citi.
O presidente-executivo da Nestlé, Mark Schneider, disse que a orientação das margens é conservadora devido a um ambiente significativamente volátil.
“As perspectivas e os resultados confirmam que a Nestlé não está imune aos padrões atuais da indústria, mas ainda é capaz de suavizar e absorver melhor esses ventos contrários devido ao seu portfólio”, disse o Citi.