Rebeldes peruanos do Sendero Luminoso matam ao menos 16 antes de eleição
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Militantes do Sendero Luminoso mataram ao menos 16 pessoas, incluindo duas crianças, em uma região remota do Peru conhecida pela produção de coca e deixaram alguns corpos irreconhecíveis queimando-os, disseram os militares peruanos na segunda-feira.
Panfletos incentivando os peruanos a não votarem na eleição presidencial de 6 de junho foram encontrados no local do massacre de domingo, disse o comando conjunto das Forças Armadas do Peru em um comunicado.
Os militares classificaram os assassinatos como “um ato de genocídio” e disseram que o Sendero Luminoso rotulou tais ataques anteriormente como uma forma de “faxina social”.
O comunicado garantiu aos peruanos um “processo eleitoral seguro”.
O incidente ocorreu em uma região chamada Vale dos Rios Apurimac, Ene e Mantaro (Vraem), que produz 75% da cocaína da nação sul-americana, de acordo com as autoridades.
A Vraem, uma área montanhosa do tamanho de Porto Rico, é o centro de operações constantes das forças de segurança contra remanescentes do Sendero Luminoso, que a polícia diz agir como “guarda-costas” dos traficantes de drogas.
O grupo rebelde maoísta iniciou um dos conflitos internos mais letais da América Latina nos anos 1980.
Estima-se que 69 mil pessoas foram mortas, de acordo com uma comissão da verdade.
Na eleição peruana se enfrentarão o socialista Pedro Castillo e a conservadora Keiko Fujimori.
Os dois candidatos repudiaram o ataque.