Economia

Real é um dos maiores perdedores na crise do vírus, diz Deutsche

29 abr 2020, 15:54 - atualizado em 29 abr 2020, 15:54
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A fragilidade do Brasil, segundo eles, decorre de seu alto endividamento, pobreza e exposição a commodities e serviços, que intensificam o choque econômico da pandemia (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)

O real deve ser um dos maiores perdedores da crise causada pela pandemia do coronavírus, enquanto as moedas do norte da Ásia estão entre as vencedoras, segundo o Deutsche Bank.

Estrategistas liderados por Mallika Sachdeva fizeram um ranking de vulnerabilidade das moedas de mercados emergentes, levando em consideração a economia e a situação do surto.

A fragilidade do Brasil, segundo eles, decorre de seu alto endividamento, pobreza e exposição a commodities e serviços, que intensificam o choque econômico da pandemia.

Outros perdedores incluem o rand sul-africano, refletindo a alta dívida pública, e as moedas da Índia e da Indonésia, principalmente em razão da capacidade médica limitada. A taxa de fatalidade do México é preocupante, embora o peso esteja de alguma forma protegido por melhores indicadores de dívida do que seus pares.

Por outro lado, o won coreano e o dólar de Taiwan estão entre as moedas mais saudáveis, porque esses países têm sistemas médicos fortes.

Eles também têm uma melhor capacidade de resistir ao choque econômico devido à menor exposição ao petróleo, menos pobreza e menos dependência do turismo.

A coroa tcheca também está no grupo mais forte de moedas, à medida que os casos no país europeu se achatam. O mesmo acontece com o rublo russo, porque a baixa dívida e as amplas reservas compensam a exposição ao petróleo.

“Em geral, a Ásia lidou muito melhor com o vírus do que a América Latina”, escreveram os estrategistas. “O México e o Brasil são dois grandes países que pontuam mal em relação ao vírus.”