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Reajuste dos planos de saúde: Estas operadoras estão mais expostas, segundo BTG Pactual

05 jun 2024, 10:47 - atualizado em 05 jun 2024, 10:47
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A ANS autorizou um reajuste de 6,91% nos planos de saúde individual e familiar. (Imagem: REUTERS/Benoit Tessier)

Os planos de saúde individual e familiar devem ficar mais caros nos próximos meses. Isso porque a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou um reajuste de 6,91%, válido para o período entre maio de 2024 e abril de 2025.

Segundo o BTG Pactual, o percentual ficou um abaixo dos 7,4% estimados pelo banco e das expectativas da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), de 7% a 8%.

(Fonte: ANS)

O relatório, assinado pelos analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello, destaca que a Hapvida (HAPV3) é a operadora com maior exposição a planos individuais — 18% de sua base de associados de saúde, o que representa cerca de 25% da receita líquida.

Em seguida, está mais exposta a Amil, com 15% da base de associados de saúde, a Prevent Senior (95%) e
Athena Saúde, com 26%.

Por outro lado, como outras grandes empresas nacionais não vendem mais planos individuais de saúde, elas não têm exposição significativa ao segmento, como é a tese de investimento da SulAmérica — 4% da base de associados — e da Bradesco Saúde (3%).

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Reajuste dos planos de saúde e futuro do setor

Sobre o reajuste, o BTG destaca que a alta de preços anunciada reflete um mix de desaceleração do crescimento dos sinistros e menor inflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período.

Basicamente, 80% do reajuste reflete a variação anual das despesas médicas dos planos de saúde
individual/familiar, enquanto os outros 20% são a inflação do IPCA ex-saúde.

“A ANS planeja reavaliar sua metodologia de cálculo de aumento de preços em breve e vê maneiras de refinar seu modelo (por exemplo, aumentos de preços personalizados empresa por empresa), mas ainda há muito a ser analisado e discutido antes de anunciar mudanças oficiais”, dizem os analistas.

Em relação ao futuro do setor de saúde, o relatório aponta que devem se manter os desafios persistentes de fluxo de caixa e pior dinâmica de capital de giro.

“Esperamos que o cenário melhore gradualmente após outro ciclo substancial de alta de preços. Embora as medidas de austeridade devam eventualmente produzir resultados positivos, a recuperação do setor pode levar mais 12 a 15 meses. Mantemos nossas preferências setoriais em HAPV e o Rede D’Or (RDOR3)”, destaca o relatório.