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Reajuste de 0,25 pp e só? Fed pode pausar corte de juros; o que esperar do Ibovespa (IBOV) nesta quarta (18)

18 dez 2024, 7:10 - atualizado em 18 dez 2024, 7:10
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O que ainda não está claro é se o Fed fará uma pausa no seu afrouxamento monetário após este último corte de juros no ano. (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via REUTERS)

Nesta quarta-feira (18), acontece a última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do ano. As expectativas são de que o Federal Reserve realize mais um reajuste na sua taxa de juros.

Segundo a ferramenta de monitoramento CME FedWatch, as apostas são de 95,8% para um corte de 0,25 ponto percentual, que levaria a taxa para um patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano. Já os outros 4,6% afirmam que o Fed deve manter os juros no atual patamar.

O que ainda não está claro é se o banco central dos Estados Unidos fará uma pausa no seu afrouxamento monetário após este último corte no ano. O presidente Jerome Powell alertou em suas últimas falas de que o Fed pode ser criterioso com a trajetória futura dos cortes na taxa de juros.

O que vem pressionando a autoridade monetária é a inflação ainda resistente — em novembro, os preços ao consumidor (CPI) tiveram o maior aumento em sete meses — e a volta de Donald Trump à Casa Branca, que promete mudar a dinâmica dos mercados e taxas envolvendo os EUA.

As bolsas internacionais operam e futuros de Wall Street operam no negativo.

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O que esperar do Ibovespa

Por aqui, a atenção do mercado está voltada para o Congresso. Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que regulamenta a reforma tributária. Agora é a vez do pacote de corte de gastos.

A proposta que impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários se houver déficit primário já passou. Falta o projeto que limita o ganho real do salário mínimo e a proposta de emenda à Constituição que restringe o acesso ao abono salarial de maneira gradual, que serão votados nesta quarta-feira (18).

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) reduziu as perdas das sessões anterior e firmou-se no tom positivo com a expectativa de votação das medidas fiscais no Congresso Nacional ainda nesta semana. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e novos leilões de dólares pelo Banco Central também movimentaram o pregão. O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,92%, aos 124.698,04 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) quebrou o recorde anterior e terminou a sessão a R$ 6,0961 (+0,04%), no maior valor nominal de fechamento da história, mesmo após duas novas intervenções do Banco Central no câmbio. Durante a sessão, a divisa superou a cotação de R$ 6,20 pela primeira vez desde a criação do real, em 1994.

Desde 12 de dezembro, o BC já injetou US$ 12,760 bilhões no mercado por meio de sete leilões à vista e de linha (com compromisso de recompra). É a maior intervenção no câmbio em um único mês desde março de 2020 — auge da pandemia de Covid-19.



Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (18)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: -0,72%
  • Hong Kong/Hang Seng: +0,83%
  • China/Xangai: +0,62%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: +0,40%
  • Frankfurt/DAX: +0,09%
  • Paris/CAC 40: +0,25%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: +0,13%
  • S&P 500: +0,19%
  • Dow Jones: +0,14%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +0,60%, a US$ 73,61 o barril
  • Petróleo/WTI: +0,06%, a US$ 70,11 o barril
  • Minério de ferro: -2,63%, a US$ 106,84 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): -2,9%, a US$ 104.278
  • Ethereum (ETH): -3,7%, a US$ 3.878

Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

Editora
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.