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RD Saúde (RADL3): XP revisa estimativas e estabelece novo preço-alvo para as ações

12 set 2024, 11:21 - atualizado em 12 set 2024, 17:31
raia drogasil
XP tem visão levemente cautelosa sobre os níveis de rentabilidade da companhia para este e o próximo ano (Imagem: Divulgação)

Depois de um mês das mudanças no alto escalão da RD Saúde (RADL3), antiga Raia Drogasil, a XP Investimentos atualizou as estimativas para a companhia. 

A corretora de investimentos estabeleceu um novo preço-alvo de R$ 31 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 14,9% em relação ao fechamento da última quarta-feira (11). 

Segundo os analistas, o novo preço-alvo reflete uma redução nas estimativas de lucro líquido de 12% para 2024 e de 19% no ano seguinte — cerca de 10% menor que os números do consenso de mercado, considerado “otimista demais” pelos analistas. 

Além disso, a XP tem uma visão levemente mais cautelosa sobre os níveis de rentabilidade da companhia para este e o próximo ano. 

A recomendação neutra para os papéis foi mantida, dado que a casa espera uma dinâmica de resultados “mornos” à frente. 

As ações da RD Saúde operaram em queda durante todo o pregão nesta quinta-feira (12). RADL3 fechou com baixa de 0,11%, a R$ 26,95. Acompanhe o Tempo Real. 



Ações da RD Saúde estão baratas? 

Os analistas da XP afirmam que as ações RADL3 estão negociadas no preço-justo. “Embora concordemos que a RD mereça ser negociada com um prêmio, dada sua sólida execução e consistência de resultados, vemos a ação sendo negociada atualmente em linha com seus níveis históricos”, escrevem Daniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, em relatório. 

Nas contas da XP, o valuation da empresa é de 33x a relação entre o preço e o lucro (P/L) para 2025, em linha com os níveis históricos.

Além disso, os analistas estimam uma alavancagem operacional mais moderada à frente. 

Embora a RD tenha conseguido apresentar uma ligeira queda na alavancagem operacional no primeiro semestre com o menor ajuste na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) desde 2020, de 4,5%, a companhia também apresentou uma queda de 0,2 pontos percentuais (p.p.) na margem de lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustada. 

Agora, os analistas esperam uma expansão moderada da margem Ebitda ajustada. Para 2024, o indicador deve ficar estável em 2024. 

Já para o próximo ano, a projeção é de um pequeno crescimento de 0,15 p.p., com a expectativa de um reajuste CMED ainda baixo, em 4,4%. 

“Isso deve impedir uma alavancagem operacional mais forte, já que a maioria das despesas é ajustada pela inflação, embora com uma base de comparação mais normalizada”, diz o relatório. 

Ainda em relação aos números, a equipe da XP espera um crescimento implícito da receita em 15% — abaixo do consenso para 2025, que está próximo de 20%. 

A diluição de despesas estimada é de 0,15 p.p. ante 0,5 p.p. do consenso do mercado. 

Os analistas ainda consideram uma possível revisão para baixo dos lucros à frente. 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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