Lojas Americanas: o que esperar em 2022 após o tombo da ação?
A Lojas Americanas (LAME3; LAME4) está entre as piores rentabilidades de 2021, levando em conta as ações que compõem o Ibovespa (IBOV), e engrossando o título amargo com outras varejistas listadas na Bolsa de Valores brasileira, casos de Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3).
“A Lojas Americanas viu seu valor de mercado derreter 46% no acumulado do ano, enquanto que a ação da Americanas S.A. (AMER3) cedeu 58% no mesmo intervalo”, comenta Luiz Carlos Corrêa, sócio da Nexgen Capital.
Ao Money Times, o especialista explica que o setor de varejo como um todo de 2018 para cá, quando a inflação se encontrava dentro da meta do Banco Central e as taxas de juros se encontravam em patamares mais baixos, conseguiu performar bem.
As varejistas como Americanas S.A. e Lojas Americanas (que representam a operação e a holding, respectivamente) conseguiram performar muito bem, com altas respectivas nesse período de 99% e 28%, destaca Corrêa.
Horizonte
Em meio ao processo de reorganização societária que levará à incorporação de Lojas Americanas pela Americanas S.A., o valor de mercado da companhia será concentrado em uma única cotação, no caso a (AMER3).
O mercado vê potencial de melhora da governança corporativa da varejista, com as mudanças valendo já a partir do próximo dia 21 de janeiro.
“A companhia ainda pode verificar a possibilidade de uma listagem nos Estados Unidos , o que possibilitaria à empresa captação de recursos no mercado internacional e, com isso, maior visibilidade da empresa”, enfatiza o sócio da Nexgen Capital.
Se isso for de fato concretizado, os acionistas poderão escolher entre BDRs ou manter as ações nos EUA.
O mercado enxerga boas perspectivas para a Americanas S.A., com uma média de preço-alvo projetado em R$ 64, potencial de alta de 106% em 2022, levando em conta o valor de fechamento a R$ 31,02 nesta quarta-feira (29).
Risco
O aumento e a manutenção da taxa de juros alta no Brasil, em busca da redução da inflação, pode fazer com que os papéis também não performem bem.
“Com esta alta de juros e inflação que tivemos, o poder de compra da população caiu em 2021 e isso deve afetar a performance dos ativos para 2022″, pondera Corrêa.
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