Internacional

Ranking de miséria mostra piora dos EUA versus resto do mundo

08 ago 2020, 14:00 - atualizado em 06 ago 2020, 11:39
EUA
Os Estados Unidos caíram 25 posições, da 50ª posição para a 25ª no Índice de Miséria (Imagem: Reuters/Joshua Roberts)

Os Estados Unidos devem registrar a pior mudança de sorte neste ano em um ranking de miséria econômica global, destacando os estragos causados pela pandemia.

Os Estados Unidos caíram 25 posições, da 50ª posição para a 25ª no Índice de Miséria da Bloomberg, que registra as perspectivas de inflação e desemprego para 60 economias.

O presidente Donald Trump busca a reeleição, enquanto milhões de americanos permanecem desempregados. Apenas Islândia, Israel e Panamá chegaram perto desse nível de deterioração nas classificações anuais.

Quase todas as economias pesquisadas devem aumentar o nível de miséria neste ano em meio à Covid-19. Analistas esperam aumento do desemprego e crescimento moderado.

Venezuela, Argentina, África do Sul e Turquia mantiveram suas classificações nada invejáveis de 2019 como as quatro economias mais miseráveis do mundo.

A Venezuela mantém o pior status do mundo pelo sexto ano consecutivo. O país ainda enfrenta preços nas alturas: o Índice Cafe Con Leche da Bloomberg estima inflação atual de 4.043%.

A Venezuela mantém o pior status do mundo pelo sexto ano consecutivo (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)

A Tailândia ostenta o título de economia “menos miserável”, embora a maneira singular de o governo calcular o desemprego relativiza seu desempenho em relação à melhora de Taiwan em dois lugares, para a 6ª posição, ou o salto de Cingapura para a 2ª posição nessa escala.

O Índice de Miséria da Bloomberg, agora no sexto ano, se baseia no conceito antigo de que a inflação baixa e o desemprego mostram o nível de bem-estar dos residentes de um país.

As pontuações deste ano são baseadas em pesquisas da Bloomberg com estimativas de economistas para a alta dos preços e desemprego em 2020 em cada economia e comparam esses valores aos dados reais do ano passado. O índice inclui países para os quais a Bloomberg tem previsões econômicas suficientes.

Entre as economias que mostram melhoras em suas classificações do Índice de Miséria para 2020:

A classificação de Luxemburgo melhorou neste ano em relação a 2019, subindo da 30ª para a 47ª posição.

Na China, primeiro país atingido pelo coronavírus, os dados de desemprego e inflação em 2020 devem ser modestamente impactados. A segunda maior economia do mundo deve subir sete posições, para a 44ª.

A pontuação geral de miséria da Alemanha não mudou muito em relação ao seu desempenho real em 2019 – 6,7 em relação a 6,4 no ano passado -, mas o motor da Europa subiu 10 posições, pois é menos vulnerável do que outras economias que combatem os efeitos do coronavírus no mercado de trabalho.

Para alguns países, cujas classificações de miséria devem cair em 2020 na comparação com 2019, incluindo a Turquia, mesmo as boas notícias são negativas. As pontuações de miséria mais baixas se devem em grande parte à demanda mais fraca, que reduziu as expectativas de inflação.