Randon tem um futuro brilhante pela frente, afirma BTG Pactual

O BTG Pactual realizou uma reunião com a equipe de Relação com Investidores da Randon (RAPT4) e saiu animado do encontro.

Segundo os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, a empresa têm perspectivas “brilhantes” no curto e longo prazo.

De acordo com eles, os volumes estão melhorando constantemente, puxado pela expansão do agronegócio.

Outros setores também começam a apresentar sinais de recuperação, como a distribuição de alimentos e o comércio eletrônico, levando a Randon a ganhar espaço em novos segmentos, como reboques de van.

“A mensagem sobre os preços também foi positiva, pois os pedidos estão ganhando duração em toda a indústria (eles disseram que os quatro maiores players têm sido razoavelmente racionais na expansão da capacidade), o que geralmente impulsiona o preço”, afirmaram.

Para o longo prazo, os analistas destacaram a transformação cultural que ocorre na empresa, como automação, inovação – acelerado pela reestruturação corporativa, com a criação do cargo de CTO (diretor de tecnologia) – e uma governança mais forte (apoiado pelo atual CEO, Daniel Randon, o último membro da família remanescente no Comitê Executivo).

Nakata

A aquisição da Nakata, anunciado em dezembro do ano passado, foi altamente estratégica para aumentar a relevância da Randon no mercado de reposição, segundo os analistas. 

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“A integração da Nakata deve aumentar o faturamento consolidado e o Ebitda (resultado operacional) em 10% no semestre”, preveem.

Capacidade

A empresa informou à equipe do BTG que está operando atualmente com 75% da capacidade, com restrição de trabalho de 50% devido ao coronavírus.

Porém, a automação, que segue como foco na empresa, ajudou a minimizar o impacto da redução da força de trabalho.

Recentemente, a companhia adquiriu 254 robôs da linha de montagem da Ford (a um preço de baixo custo).

“Espera-se que tal automação traga ganhos de eficiência consideráveis, com os robôs trazendo automação em todas as suas unidades”, afirmaram.

Além disso, a Randon espera uma elevação do preço do aço, que está atualmente sob controle, para março de 2021.

“A companhia prevê pressão para negociar com as principais fornecedores de aço, mas está confiante de que seu forte poder de compra será capaz de mitigar essa pressão”, destacaram.

O BTG reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 15, potencial de valorização de 14% em relação ao último fechamento.