Randon reúne boas perspectivas de curto e longo prazo
A Randon (RAPT4) mostrou por meio dos seus resultados que está se beneficiando da demanda resiliente de veículos pesados e das vendas estáveis de reposição, destacou o BTG Pactual (BPAC11). Os números referentes ao quarto trimestre do ano passado vieram acima do esperado e levaram o banco a manter a recomendação de compra para a ação da companhia, com preço-alvo de R$ 20.
Segundo o BTG, a tese de investimento da Randon segue intacta. O modelo combina um “cenário sólido de curto prazo”, puxado pela forte demanda de reboques e margens mais altas, com uma “perspectiva de longo prazo promissora”, com mais automação, inovação contínua e relevância da divisão de peças automotivas.
A Mirae Asset também reforçou sua visão otimista sobre a empresa depois que encontrou surpresas positivas nos números operacionais do quarto trimestre.
“A mensagem continua sendo positiva para os próximos trimestres, onde esperamos que a demanda continue elevada, principalmente devido à safra agrícola e com mais ênfase na retomada mais significativa da economia esperada principalmente para o segundo semestre de 2021”, disse Pedro Galdi, analista da gestora de recursos, em relatório divulgado na sexta-feira.
A Mirae também manteve a recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 35.
Resultados
O lucro líquido da Randon saltou para R$ 490,4 milhões nos últimos três meses de 2020, contra R$ 52,9 milhões reportados no mesmo período de 2019. Segundo a empresa, o resultado foi impactado de forma positiva pelo êxito em processos tributários.
A receita líquida consolidada atingiu R$ 1,8 bilhão, o que representa um crescimento de 40,7% no comparativo anual.
O Ebitda, que corresponde ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 668 milhões. A margem Ebitda subiu 23 pontos percentuais, para 27%.
As exportações tiveram alta anual de 14,5%, totalizando R$ 210 milhões. A Randon destacou que o mercado externo também apresentou melhora frente aos meses anteriores em razão da abertura de fronteiras e da normalização de processos logísticos – fora o fato de o câmbio ter se mantido em bons patamares para as exportações.