Fusões e Aquisições

Fras-Le (FRAS3) paga R$ 2,1 bi por ‘pacotão’ de marcas mexicanas com receitas de R$ 1,4 bi

24 jun 2024, 18:45 - atualizado em 24 jun 2024, 19:27
Fras-le
(Imagem: Fras-le/Divulgação)

A Fras-Le (FRAS3), mirando maior internalização, abriu a carteira e comprou divisão do grupo mexicano Kuo por R$ 2,1 bilhões. Trata-se da maior compra da sua história.

Para se ter uma noção, a empresa pagou metade do seu valor de mercado no negócio (hoje, a fabricante, que é subsidiária da Randon (RAPT3;RAPT4), vale R$ 4,8 bilhões na bolsa).

A Kua é conglomerado com presença em mais de 70 países e mais de 24 mil colaboradores.

A compra inclue os seguintes ativos:

  • 100% das ações da sociedade Dacomsa;
  • 99% das ações das sociedades Kuo Motor;
  • 100% das ações da Fricción;
  • outros ativos tangíveis e intangíveis relacionados aos negócios;

As empresas são titulares das marcas Moresa, TF Victor e Fritec, cujos produtos são distribuídos e comercializados pela Dacomsa.

A Dacomsa é um dos principais distribuidores de peças de reposição no México, com amplo acesso aos canais e principais agentes do setor nesse país.

Já as marcas Moresa e TF Victor são líderes na oferta de pistões e juntas para motores, enquanto a Fritec é líder na oferta de pastilhas e lonas de freio para veículos leves.

Em 2023, as empresas tiveram receita líquida de aproximadamente R$ 1,4 bilhão.

Segundo a Fras-le, a compra insere-se na estratégia da companhia de internacionalização de seus negócios no setor de reposição, por meio da diversificação de produtos e expansão de marcas em seu portfólio.

“Reafirmamos o posicionamento de sua controlada Frasle Mobility como uma das maiores “house of brands”
do mercado de reposição de autopeças do Brasil que, após essa aquisição, terá essa mesma representatividade
na América Latina”, explica.

No primeiro trimestre de 2024, o mercado externo correspondeu a 40% das receitas da empresa, que somou R$ 841 milhões no período.

No ano, a ação soma alta de 9,31%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin