Randon (RAPT4): Compra do Grupo EBS foi um bom negócio? Veja o que dizem os analistas
A Randon (RAPT4) anunciou a aquisição de 100% da EBS Aftermarket Group Limited por sua subsidiária indireta Master Europe. De acordo com o comunicado enviado pela Randon, a aquisição foi no valor de £ 56 milhões (cerca de R$ 410 milhões) e está sujeita a ajustes.
O Grupo EBS é um dos maiores distribuidores independentes de sistemas de freios e peças para veículos comerciais na Europa. No último ano fiscal, encerrado em 31 de março de 2024, o grupo registrou receita líquida em £ 40 milhões.
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Apesar disso, as ações da Randon não reagem bem no pregão desta sexta (17). Por volta das 15h, as ações da companhia operavam em baixa de 1,56%, a R$ 11,39.
A aquisição foi um bom negócio para a Randon?
Apesar disso, alguns bancos, como Bradesco BBI, Itaú BBA e Banco Safra, mostraram visões positivas para a aquisição da Randon.
De acordo com o analista Victor Mizusaki, do Bradesco, e José Cataldo, da Ágora Investimentos, a aquisição e o passo geral em direção ao mercado de reposição podem ajudar a reduzir a volatilidade dos lucros da Randon.
“Observamos que a natureza da aquisição justifica o maior múltiplo negociado, uma vez que está em linha com o atual múltiplo de negociação da Fras-le de 7,7x o EV/EBITDA para 2025”, afirmam.
“Acreditamos que o preço atual das ações reflete uma percepção de ciclicidade que está deixando de ser verdadeira”.
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Com isso, os analistas mantêm a recomendação de compra para a RAPT4, com o preço-alvo para 2025 em R$ 19, implicando uma alta potencial de 64,21%.
Já na visão de Luisa Mussi, analista do Safra, a aquisição é estrategicamente positiva, colocando a Randon em uma boa posição para o crescimento sustentável no futuro.
“A aquisição diversifica o portfólio da Randon, reduzindo a sua dependência do segmento de reboques, fortalecendo ao mesmo tempo a sua posição no mercado de reposição, setor que apresenta margens maiores e receitas mais estáveis”, afirmou.
O Itaú BBA também vê a aquisição como um negócio positivo para a companhia. O banco mantém a recomendação de compra para a Randon, com preço-alvo de R$ 16,50 e um potencial de valorização de 42,6%.
“O acordo deverá aumentar a resiliência das receitas da Randon e sua exposição a uma moeda forte e, no futuro, desbloquear oportunidades de vendas cruzadas e sinergias de custos”, afirmam os analistas Gabriel Rezende e Daniel Gasparete.