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Randon (RAPT4): Bradesco BBI eleva preço-alvo a R$ 19

29 jun 2024, 15:00 - atualizado em 28 jun 2024, 19:01
Fras-Le comprou divisão do grupo mexicano Kuo Refacciones por R$ 2,1 bilhões. (Imagem: Divulgação/Randon)

O Bradesco BBI aumentou o preço-alvo para as ações da Randon (RAPT4), de R$ 16 para R$ 19 ao final de 2024, mantendo a recomendação de compra – a ação é cotada na faixa dos R$ 11. A atualização visa incorporar ao modelo a aquisição da Kuo Refacciones pela subsidiária Fras-le, segundo o banco em relatório disponibilizado pela Ágora Investimentos.

A instituição manteve as estimativas de receita líquida e Ebitda para 2024 praticamente inalteradas, reduzindo o lucro líquido em 4%, devido à previsão de taxas mais altas. Para 2025, o modelo incorpora a Kuo Refacciones, explicando as estimativas de receita líquida e Ebitda 11% e 18% maiores, respectivamente.

A Fras-le, subsidiária da Randon, anunciou na segunda-feira (24) a aquisição da Kuo Refacciones, depois de ter comprado a Juratek no ano passado e a Nakata em 2020 – essa, segundo o Bradesco BBI, provou ser um caso de sucesso de assertividade e execução em operações da Fras-le. O banco ressaltou que ainda há ganhos a serem obtidos com a integração da Nakata.

“A Kuo adiciona 43% de Ebitda à Fras-le desde o primeiro dia e possui um portfólio complementar. Com base no histórico de fusões e aquisições da Fras-le, tendo aumentado o Ebitda da Nakata em 4x desde 2020, estamos otimistas quanto à capacidade da Fras-le de integrar e capturar rapidamente sinergias com a Kuo, que a Fras-le estima que possa atingir R$ 300 milhões em 5 anos”, disse o Bradesco BBI.

A Fras-Le comprou divisão do grupo mexicano Kuo Refacciones por R$ 2,1 bilhões. O Kuo é conglomerado com presença em mais de 70 países e mais de 24 mil colaboradores. A compra inclue os seguintes ativos:

  • 100% das ações da sociedade Dacomsa;
  • 99% das ações das sociedades Kuo Motor;
  • 100% das ações da Fricción;
  • outros ativos tangíveis e intangíveis relacionados aos negócios

Segundo a Fras-le, a compra insere-se na estratégia da companhia de internacionalização de seus negócios no setor de reposição, por meio da diversificação de produtos e expansão de marcas em seu portfólio.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.