Randon é a ação ideal para ganhar com a revolução da indústria automotiva
A equipe de análise do BTG participou do Dia do Investidor da Randon (RAPT4) e saiu animada do encontro.
Os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri elevaram o preço-alvo da empresa de R$ 15 para R$ 20, oferecendo um potencial de valorização de 35%. A recomendação é de compra dos papéis.
Segundo eles, a indústria automotiva irá passar pela transformação “mais profunda de sua vida – e a Randon está bem posicionada para se beneficiar dessas tendências”.
Entre os principais destaques do evento, está o ambicioso plano de inovação da companhia. O diretor de operações da Randon, Sergio Carvalho, afirmou que espera um aumento significativo nos níveis de automação do grupo. A empresa comprou recentemente 254 robôs da Ford Motor Company para serem usados em suas fábricas.
E a tecnologia já começa a trazer resultados para a Randon. Na visão no trio, a automação recente foi uma das razões para o desempenho resiliente da margem Ebitda da divisão de reboques durante o segundo trimestre, durante o pico da crise da Covid.
Carvalho também destacou que temas que exigem pesquisa e inovação, como mobilidade compartilhada, eletrificação, eletrônicos e materiais inteligentes estão se tornando cada vez mais relevantes.
“Nesse cenário, foi criado recentemente um laboratório de inovação (CTR), com o objetivo de posicionar a Randon para se beneficiar dessas tendências”, afirma o trio.
A empresa também possui outras iniciativas à mesa, como a Randon Ventures, setor focado na busca de startups com abordagem digital.
Além disso, a empresa criou um uma nova unidade de automação, a Randon Tech Solutions (RTS). Segundo a empresa, a RTS pretende aliar a transformação digital da Randon à inovação de produtos, como os novos componentes desenvolvidos recentemente pela empresa.
Essa divisão irá produzir e comercializar robôs, máquinas, ferramentas industriais e equipamentos de produção, entre outros.
E no curto prazo?
O momento de curto prazo também favorece a Randon, afirma o BTG. Segundo eles, o setor do agronegócio, o grande responsável pelos volumes em 2020, deve continuar forte no próximo ano.
“Reconhecemos que existe uma preocupação com a seca para a safra do próximo ano, mas também e reconhecemos que essa preocupação se concentrou principalmente no final do terceiro trimestre, uma vez que o período de chuvas já começou em algumas regiões do país”, disseram.
Porém, os especialistas destacam que a empresa se beneficiará de outros segmentos, como: e-commerce, que explodiu durante a pandemia; infraestrutura, onde está marcado um pacote de leilões em 2021, que inclui segmentos como ferrovias, rodovias, aeroportos e terminais portuários; distribuição urbana e a retomada do setor imobiliário.