Rali do suco de laranja tem viés para mais enquanto se confirmam safras ruins
Depois de três sessões seguidas de altas, e outras anteriores de viés de estável a positivo, o suco de laranja completou seu rali em Nova York nesta segunda (17) com mais força. Subiu 2,15 pontos a tela de julho, ou mais de 1,75%, a 118.45 centavos de dólar por libra-peso.
Todos os contratos mais longos de 2021 e de 2022 também permanecem em pressão altista.
O consultor Maurício Mendes entende que duas safras brasileiras de laranja consecutivas de baixa – a última e a próxima, 21/22 -, mantêm fôlegos para o suco buscar novas máximas neste ano.
A safra 20/21 acabou quase 7% menor, em pouco mais de 268 milhões de caixas em São Paulo e um rabicho no Triângulo Mineiro, o Cinturão Citrícola nacional.
O mercado precifica a seca que se abateu e se arrasta sobre os pomares, que pode resultar numa quebra maior ainda no próximo ciclo de oferta brasileira, o maior produtor global.
Adicionado a isso, o greening, doença tradicional conhecida por “amarelinho”, está em fase de alastramento, “a cada ano pior”, fator que abala a produtividade.
Mendes, que também é produtor e diretor da Agriplanning, ainda lembra da queda de produção nos Estados Unidos, especificamente Flórida, e no México, por conta do frio intenso no começo do ano mesmo nas regiões produtoras mais quentes, que pode ter prejudicado os laranjais para a próxima safra.